A semaglutida é a forma mais avançada de um grupo de medicamentos chamados análogos de GLP-1, que têm a capacidade de imitar as ações do hormônio GLP-1 no corpo humano. Esse hormônio desempenha uma série de funções, como aumentar a produção de insulina no pâncreas e diminuir a velocidade da digestão de alimentos no estômago. Além disso, ele ativa a sensação de saciedade no cérebro. Esses mecanismos fazem com que a pessoa sinta menos fome e, consequentemente, reduza a quantidade de calorias ingeridas, levando à perda de peso.
No entanto, é importante ressaltar que o Ozempic não é indicado para o tratamento da obesidade, conforme consta na sua bula. O medicamento é aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do diabetes tipo 2. Portanto, seu uso deve ser feito apenas com prescrição médica e acompanhamento adequado.
Como qualquer medicamento, o Ozempic também apresenta efeitos colaterais. Os principais riscos estão relacionados ao trato gastrointestinal, como náuseas, vômitos, sensação de plenitude gástrica, constipação ou diarreia. Além disso, também pode ocorrer cefaleia e sensação de fraqueza. Existe ainda o risco de hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), inflamação do pâncreas, retinopatia diabética e reações alérgicas.
Outro ponto importante a ser destacado é que relatos e dados preliminares de estudos indicam que as pessoas que utilizam o Ozempic para emagrecer podem recuperar o peso perdido após interromperem o uso do medicamento. As taxas e o tempo para o ganho de peso variam de acordo com cada indivíduo.
É válido mencionar que o Ozempic possui um valor considerável, variando entre R$ 700 e R$ 1.000. Portanto, seu uso deve ser avaliado levando em conta o custo-benefício e sempre com orientação e acompanhamento médico adequados.
Em resumo, o Ozempic se popularizou devido aos relatos de perda de peso associados ao seu uso, porém é importante destacar que o medicamento é indicado para o tratamento do diabetes tipo 2 e não para o tratamento da obesidade. Seu uso deve ser feito com prescrição médica e acompanhamento adequado, levando em conta os possíveis efeitos colaterais e os aspectos individuais de cada paciente.
