Operação Thénardier: MPAL oferta denúncia contra três estelionatários que usavam nomes de promotores de Justiça em golpes

O Ministério Público de Alagoas (MPAL), após a conclusão da Operação Thénardier, desencadeada nessa terça-feira (23) no estado de Goiás, ofereceu denúncia contra James Dean Ramos Moraes, Ana Gabriela Ferreira do Nascimento e Carla Sales pelos crimes de associação criminosa, estelionatos consumados, estelionatos tentados e falsas identidades. Os três utilizaram nomes de promotores de Justiça de vários estados para a aplicação de golpes, entre eles uma promotora de Justiça de Alagoas.

O promotor de Justiça , Kleber Valadares, designado para o caso pelo procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque, e que esteve à frente da operação, enfatiza o artigo 171, de estelionato, que trata da obtenção ilícita de vantagem ocasionando prejuízo alheio e, constitui-se, afirma, mediante fraude, erro, vantagem ilícita, e prejuízo alheio.

De acordo com Valadares, James Dean era o responsável pelo planejamento das ações criminosas e quem efetivou diversos contatos com Prefeituras dos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul pedindo que fossem feitos depósitos para suporte à logística de trabalhos a serem desenvolvidos por falsos promotores.

“No entanto, como já havíamos relatado, o James não agia sozinho e sim com duas comparsas que são a Ana Gabriela e a Carla Sales. Ambas têm conivência e auxiliavam nas transações, inclusive disponibilizando contas para as transferências dos valores que estipulavam para as vítimas. Gabriela foi quem se passou por uma promotora de Justiça do nosso Ministério Público de Alagoas para aplicar o golpe. Com todos estes elementos comprobatórios, decidimos pela representação dos três”, declara o promotor Kleber.

Em sua sustentação, o membro ministerial elenca várias Prefeituras e secretarias municipais com as quais James Dean manteve contato.

“Vale assinalar que em caderno apreendido na residência utilizada por James Dean e Ana Gabriela, para a realização dos crimes constavam centenas de órgãos públicos e cidades para os quais ambos ligaram colocando em prática as fraudes”, diz parte da denúncia.

No caderno, continua, há menção expressa a nomes de pessoas e seus respectivos CPF’s, telefones e contas bancárias para lograrem êxito na empreitada. Noutro trecho, o promotor Kleber Valadares reforça:

“Faz-se imperioso, nessa perspectiva, que James Dean Ramos Moraes, Ana Gabriela Ferreira do Nascimento e Carla Sales dos Santos sejam denunciados igualmente por estelionato na modalidade tentada, em continuidade delitiva, haja vista as inúmeras tentativas da associação criminosa em conseguir vantagem mediante fraude e lesão do patrimônio de outrem, as quais só não foram consumadas, por circunstâncias alheais ao ânimo dos agentes”.

Além do caderno foram apreendidos diversos telefones e chips e James Dean confessou o cometimento dos crimes

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