O ponto crucial na investigação é o vídeo da reunião ministerial realizada em 5 de julho de 2022 pelo então presidente Bolsonaro em seu gabinete, no qual ele atacou o processo eleitoral, o Supremo Tribunal Federal e o candidato adversário Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro Padilha ressaltou a existência de uma organização criminosa que não apenas planejava um golpe, mas também tinha a intenção de perseguir aqueles que defendiam a democracia, mostrando a importância das relações institucionais e da articulação política para a consolidação da democracia brasileira.
Um elemento chave nessa investigação foi o vídeo da reunião ministerial de Bolsonaro, que foi apreendido no computador do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente. O vídeo, divulgado em primeira mão pela coluna de Bela Megale, mostra Bolsonaro nervoso, proferindo ataques e pedindo a seus ministros que atuem para mantê-lo no poder.
Além disso, a operação resultou no cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, incluindo a proibição de contato com os demais investigados, proibição de sair do país, entrega dos passaportes em 24 horas e suspensão do exercício de funções públicas.
As revelações feitas pelo ministro Padilha geraram grande repercussão e levantaram questões sobre o futuro político do país. A existência de uma organização criminosa planejando um golpe de Estado é um fato preocupante que coloca em evidência a necessidade de fortalecer as instituições democráticas e a vigilância contra ameaças à democracia.