Operação PAPA-DEFUNTO flagra agentes funerários aliciando clientes

Seis pessoas foram conduzidas, ouvidas e liberadas da Decon, em Goiânia. Grupo deve ser indiciado por crime de concorrência desleal, diz delegado.

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A Polícia Civil conduziu seis agentes funerários para a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon) suspeitos de aliciar familiares de pessoas que morreram, em Goiânia. Segundo a investigação, o crime ocorreia na frente de prédios públicos. A Operação “Papa-defunto” aconteceu na madrugada desta sexta-feira (8) em frente ao prédio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).

O delegado Francisco Maciel, responsável pelas investigações, informou que a ação busca indiciar agentes funerários que atuam de forma irregular. “A atividade é crime porque configura concorrência desleal, já que eles estão usando artifício ilegal para captar clientes. Além disso, uma lei municipal veta a presença deles nesses locais e prevê multa de R$ 2 mil para cada funerária que tiver um funcionário atuando dessa forma”, disse ao G1.

Conforme o investigador, as investigações começaram a partir de denúncias de vítimas. O delegado explicou que eles abordam os parentes das vítimas oferecendo os serviços das funerárias.

“Os agentes abordam os parentes em um momento de muita fragilidade, em que acabaram de perder uma pessoa querida e falam que têm o serviço mais barata. A pessoa acaba indo na conversa por estar abalada, mas não olha os preços na tabela, não tem oportunidade de escolher com calma”, relatou.

Os agentes flagrados em frente a Semas foram conduzidos para a Decon, ouvidos e liberados em seguida. Segundo Maciel, eles não ficam presos porque a pena para o crime de concorrência desleal é de até um ano. Portanto, eles devem ser indiciados, mas vão responder em liberdade. As funerárias devem ser multadas e, se forem reincidentes, podem ter a licença para atuar no ramo cassado.

“Vamos continuar atuando na porta desses locais com a Semas, o Instituto Médico Legal (IML) e do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) para acabar com essa prática”, reitera.

G1.GLOBO.COM

08/07/16

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