Operação da PF apreende notebook na casa de servidora da Abin em investigação sobre suposta espionagem ilegal durante governo Bolsonaro

Nesta segunda-feira, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão que teve como alvo a Agência Nacional de Inteligência (Abin) e levou à apreensão de um notebook na casa de uma servidora do órgão. A defesa da Intelis, associação de servidores da Abin, afirmou em comunicado que a operação não tinha como alvo a servidora em questão, condenando os vazamentos e classificando a apreensão como ilegal.

De acordo com a defesa, o equipamento da Abin foi recolhido na residência de Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do exército cedido para a agência na gestão de Alexandre Ramagem, que é casado com a servidora em questão. A PF cumpriu nove mandados de busca e apreensão na manhã de segunda-feira, incluindo um na casa do vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A operação da Polícia Federal faz parte de uma investigação que apura indícios de uma suposta rede de espionagem ilegal na Abin. Segundo reportagem do GLOBO, a agência teria utilizado um programa secreto chamado FirstMile para monitorar a localização de pessoas pré-determinadas por meio de seus celulares durante a gestão de Jair Bolsonaro. A PF abriu um inquérito após a publicação da reportagem e identificou que a ferramenta foi utilizada para monitorar políticos, jornalistas, advogados e adversários do governo.

Um dos mandados cumpridos durante a operação de busca e apreensão foi na casa de Angra dos Reis, onde a família Bolsonaro se reuniu no fim de semana para realizar uma transmissão ao vivo, porém nenhum membro da família estava presente no momento da chegada da PF, pois haviam saído do local de barco. A corporação apreendeu o celular de Carlos Bolsonaro e três computadores, sendo um deles utilizado por Tércio Arnaud, integrante do chamado ‘gabinete do ódio’ do governo Bolsonaro, de acordo com investigações.

A ação da PF levantou mais indícios sobre as possíveis atividades ilegais conduzidas pela Abin durante a gestão de Jair Bolsonaro, aumentando a tensão entre o governo e as instituições de segurança. A defesa da Intelis continua a contestar a legalidade da apreensão do equipamento da Abin na casa da servidora e a investigação segue em andamento para esclarecer as alegações de espionagem ilegal.

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