Além disso, o novo plano prevê a venda da participação da Oi na V.Tal, empresa detentora da infraestrutura de fibra óptica com mais de 400 mil quilômetros de extensão. Essa iniciativa ganhou força durante as negociações com os credores nos últimos meses. A primeira versão do plano de recuperação judicial foi apresentada no início do ano passado, mas as negociações não avançaram. Com dívidas financeiras de R$ 36,7 bilhões, a Oi entrou com um novo pedido de proteção judicial de acordo com o balanço do terceiro trimestre.
No processo de venda da carteira de clientes de fibra, a empresa está trabalhando para avaliar o valor da ClientCo e contratou conselheiros para auxiliar nesse processo. Há especulações de que a base de clientes poderá ser vendida para alguma empresa que já opera no Brasil no segmento de fibra, seguindo uma estratégia semelhante ao que foi feito com a operação móvel da Oi.
A Oi está promovendo seu serviço de fibra óptica durante o programa Big Brother Brasil, que voltou a patrocinar, e registrou um aumento significativo nas vendas dos canais físicos e no e-commerce. O objetivo é marcar a assembleia no início de março, após chegar a um pré-acordo com os credores, incluindo agências de crédito à exportação, proprietários de títulos do exterior e bancos nacionais.
Com a venda dos ativos de fibra óptica e da participação na V.Tal, a Oi pretende manter apenas a Oi Soluções (clientes corporativos), operações fixas, clientes de TV, rede de cobre, Tahto (atendimento) e Serede (manutenção). Rodrigo Abreu deixou o cargo de diretor-presidente da empresa, após dois anos, e foi nomeado Mateus Bandeira para liderar a operação da empresa.
Essa nova estratégia faz parte do esforço da Oi para recuperar sua saúde financeira, e espera-se que a venda de ativos seja um passo significativo nesse processo. A expectativa é que a empresa consiga avançar nas negociações com os credores e viabilizar a implementação do novo plano de recuperação judicial.
