Obesidade infantil está ligada a chance mais de duas vezes maior de desenvolver esclerose múltipla, aponta estudo do Instituto Karolinska.

Um novo estudo realizado por pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, revelou uma ligação preocupante entre a obesidade infantil e o aumento do risco de desenvolver esclerose múltipla. A pesquisa, que será apresentada no Congresso Europeu de Obesidade, em maio, analisou dados de mais de 20 mil pacientes entre 2 e 19 anos inscritos no Registro de Tratamento da Obesidade Infantil Sueca.

Durante o acompanhamento médio de seis anos, foi observado que 28 pessoas do grupo com obesidade desenvolveram esclerose múltipla, em comparação com 58 indivíduos saudáveis da população geral. Os cientistas ajustaram a análise para fatores como hereditariedade e concluíram que jovens com obesidade tinham 2,3 vezes mais chances de desenvolver a doença do que aqueles com peso saudável para a idade.

Os pesquisadores destacaram a importância desses achados, ressaltando que a obesidade infantil está associada a um aumento significativo na suscetibilidade à esclerose múltipla. Eles também enfatizaram que a obesidade na infância pode ser um fator fundamental no aumento da prevalência da doença.

Além disso, apontaram que a obesidade pediátrica está relacionada a várias doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, devido ao estado inflamatório persistente observado nesses pacientes. Portanto, compreender essas vias é essencial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção direcionadas a crianças e adolescentes com obesidade.

Embora os resultados sejam significativos, os autores ressaltam que os pais não devem se preocupar mais com a possibilidade de esclerose múltipla do que com outras doenças associadas à obesidade. Ao mesmo tempo, alertam que é fundamental adotar medidas para reduzir o risco de desenvolver essa e outras condições em crianças e adolescentes com excesso de peso.

Portanto, é essencial promover hábitos saudáveis desde a infância, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas, a fim de prevenir não apenas a obesidade, mas também suas possíveis complicações, como a esclerose múltipla. Este estudo reforça a importância da conscientização sobre os impactos da obesidade na saúde das crianças e ressalta a necessidade de intervenções eficazes para combater esse problema crescente.

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