De acordo com o ONS, a linha de investigação mais consistente aponta o desempenho abaixo do esperado como um segundo evento que desencadeou o processo de desligamentos que ocorreram em seguida. No dia 15 de agosto, mais de 22 mil MW de energia foram interrompidos em 25 estados e no Distrito Federal. A interrupção teve início às 8h30, com uma queda no fornecimento de 19 mil megawatts, o que corresponde a cerca de 27% da carga total (73 mil MW) naquele horário.
Para investigar as causas do apagão, a Polícia Federal instaurou um inquérito. Enquanto isso, o ONS reduziu a carga de linhas e adiou as manutenções no sistema elétrico. Além disso, foi constatado que a linha de transmissão Quixadá – Fortaleza II desligou “milissegundos” antes do apagão.
Diante desse panorama, uma nova reunião de avaliação está agendada para o dia 1º de setembro. O objetivo é realizar uma análise mais aprofundada das informações coletadas e identificar as possíveis falhas que levaram ao desempenho abaixo do esperado das fontes de geração e ao posterior desligamento da energia.
É importante ressaltar que o relatório preliminar divulgado pelo ONS é apenas uma primeira etapa do processo de investigação. Espera-se que o Relatório de Análise de Perturbação (RAP), a ser concluído em aproximadamente 30 dias, ofereça uma visão mais completa sobre o evento do dia 15 de agosto, identificando todas as causas e as possíveis medidas a serem tomadas para evitar ocorrências semelhantes no futuro.
É fundamental que a falha no sistema elétrico seja devidamente investigada, visando a segurança e a eficiência energética do país. A população brasileira espera por respostas claras e efetivas sobre o ocorrido, assim como por medidas que garantam que esse tipo de incidente seja evitado. O funcionamento adequado do sistema elétrico é essencial para o desenvolvimento e o bem-estar do país.