O aumento dos ataques em aldeias na Nigéria deixa mais de 100 mortos em um único fim de semana

Mais de cem pessoas foram brutalmente assassinadas em uma série de ataques a aldeias no centro da Nigéria, de acordo com autoridades locais. O número de mortos é significativamente maior do que o inicialmente divulgado pelo exército, que informou apenas 16 mortos no domingo à noite. As tensões religiosas e étnicas têm assolado a região por vários anos, e a onda de violência continua a assombrar as comunidades locais.

O chefe do governo local em Bokkos, estado de Plateau, Monday Kassah, relatou que “até 113 pessoas foram confirmadas mortas desde que as hostilidades começaram no sábado, persistindo até as primeiras horas de segunda-feira”. Gangues militares, conhecidas localmente como “bandidos”, realizaram ataques coordenados em pelo menos 20 comunidades diferentes, resultando em mais de 300 pessoas feridas, que foram transferidas para hospitais em Bokkos, Jos e Barkin Ladi.

Os ataques começaram na área de Bokkos e se espalharam para a vizinha Barkin Ladi, onde 30 pessoas foram encontradas mortas. O governador do estado, Caleb Mutfwang, condenou veementemente o ataque, descrevendo-o como “bárbaro, brutal e injustificado”. O porta-voz do governador, Gyang Bere, afirmou que “medidas proativas serão tomadas pelo governo para conter os ataques em curso contra civis inocentes”.

Tiros ainda podiam ser ouvidos no final da tarde de domingo, destacando o clima de medo e tensão que se instalou na região. A Anistia Internacional fez duras críticas ao governo nigeriano, acusando as autoridades de falharem em proteger as comunidades rurais no estado de Plateau. A organização expressou sua indignação em relação aos frequentes ataques mortais e à falta de ação por parte das autoridades.

O noroeste e o centro da Nigéria têm sido alvo de milícias de bandidos que operam a partir de bases nas florestas, atacando vilarejos, saqueando e sequestrando residentes em troca de resgate. A população local vive constantemente sob a ameaça dessas gangues e clama por uma ação efetiva por parte do governo para garantir a segurança e proteção das comunidades. Enquanto isso, o rastro de morte e destruição continua a assombrar as aldeias da região central da Nigéria.

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