Novas regras do governo para fabricação de geladeiras domésticas visam reduzir consumo de energia elétrica e trazer mais economia para os consumidores.

Os fabricantes de refrigeradores domésticos estão apreensivos com as novas regras estabelecidas pelo governo para a fabricação desses equipamentos. Em novembro de 2023, o Ministério de Minas e Energia lançou uma resolução com o intuito de reduzir o consumo de energia elétrica de geladeiras e freezers domésticos, visando proporcionar uma economia significativa para os consumidores em suas contas de luz.

A proposta visa tornar os novos refrigeradores 17% mais eficientes em média do que os modelos já disponíveis no mercado. Tal medida, no entanto, tem gerado preocupações à Eletros, Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, que aponta impactos tanto na oferta quanto na acessibilidade desses produtos pelos consumidores. A entidade prevê uma redução gradual de 83% dos modelos até 2026, prazo estabelecido para que a indústria faça as adaptações necessárias.

A Eletros também tem expressado sua preocupação com mudanças abruptas na política industrial do país, destacando a importância do estabelecimento de uma política social bem-sucedida e compartilhando suas considerações com o governo. Em resposta a essas preocupações, o Ministério de Minas e Energia assegura que a norma não acarretará na retirada de nenhum equipamento do mercado até 2026 e enfatiza que 17 dos 25 modelos de geladeiras de uma porta já atendem aos requisitos estabelecidos.

O governo também reconhece que os fabricantes estimam um aumento de 23% nos valores dos produtos, o que equivale a cerca de 350 reais para as geladeiras mais simples. Contudo, ressalta que os consumidores não serão obrigados a trocar seus refrigeradores, visto que as novas regras se aplicam apenas aos fabricantes e importadores, que devem produzir equipamentos mais econômicos.

As mudanças serão implementadas em etapas, de modo a garantir a retirada gradual do mercado dos equipamentos que consomem mais energia. O prazo final para essa transição foi estabelecido em 2028, com o objetivo de assegurar a venda apenas de produtos mais econômicos. O governo projeta que, até 2030, aproximadamente 5,7 milhões de toneladas de gás carbônico deixarão de ser emitidas devido a essas mudanças, além de uma economia de energia elétrica equivalente a 11 terawatt-hora em 6 anos, o que corresponde ao consumo anual de toda a região norte do país.

De acordo com as últimas informações, as mudanças propostas têm gerado discussões e reações diversas por parte dos envolvidos, mostrando a complexidade e a importância do tema e suas repercussões para o setor de eletrodomésticos. A implementação das novas regras exigirá adaptações significativas por parte dos fabricantes, mas também promete trazer benefícios tanto ambientais quanto econômicos para a sociedade. A tendência é que o assunto continue sendo debatido e acompanhado atentamente nos próximos anos.

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