Notícia sobre suposta exclusão de evangélicos nas bancadas do Senado é, na realidade, inverídica e enganosa.

Começou a circular, em grupos de WhatsApp, uma mensagem que afirma ser proibida a participação de evangélicos nas bancadas do Senado. No entanto, essa informação é falsa e não possui nenhuma veracidade.

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a religião não é um requisito para a eleição de senadores, nem é um critério para a formação das bancadas parlamentares. A Constituição Federal, em seu Art. 5º, IV, assegura a liberdade de consciência e de crença, o que garante que a religião não possa ser utilizada como critério de exclusão ou restrição.

Para entender melhor o funcionamento das bancadas parlamentares no Senado, é necessário compreender que os deputados e senadores se organizam em bancadas por estado, partido ou região. A formação de bancadas por partido, por exemplo, determina a distribuição de vagas nas comissões e nas Mesas do Senado e da Câmara dos Deputados, com base na proporcionalidade partidária. Ou seja, quanto mais parlamentares um partido tiver, mais lugares ele terá nas comissões e na Mesa.

Além disso, os partidos com no mínimo três senadores podem indicar líderes e vice-líderes, que possuem atribuições como participar do Colégio de Líderes para definir as propostas legislativas que serão discutidas e votadas, ter preferência para falar em nome do partido nas sessões e orientar seus liderados nas votações.

No entanto, é importante destacar que existem exceções às regras das bancadas parlamentares, como é o caso da bancada feminina do Senado. Essa bancada, formada pelas senadoras independentemente do partido político, foi oficialmente criada em março de 2021, com o objetivo de fortalecer a atuação das mulheres no Parlamento e buscar a igualdade de gêneros na política.

Outra forma de organização entre os senadores são os grupos e frentes parlamentares, que são criados por meio de projetos de resolução votados no plenário. As frentes tratam de temas de interesse geral, buscando ampliar o debate e apoiar o desenvolvimento de políticas públicas. Um exemplo de frente parlamentar em funcionamento no Senado é a Frente Parlamentar Evangélica.

Por fim, é importante ressaltar que parlamentares também podem se organizar de acordo com pautas ou interesses comuns, informalmente, independentemente de previsão no Regimento Interno. Isso ocorre, por exemplo, com as bancadas ruralista e ambientalista.

Portanto, é importante esclarecer que não existe nenhum projeto de lei ou norma que proíba a participação de parlamentares evangélicos nas bancadas do Senado. Uma proposta com esse teor seria considerada inconstitucional.

Em caso de dúvidas ou para solicitar uma verificação de informações, é possível entrar em contato com o Senado Verifica, serviço da Secretaria de Comunicação Social destinado a checar a veracidade de informações sobre o Senado Federal e combater a desinformação.

Em suma, é necessário tomar cuidado com a disseminação de informações falsas e sempre buscar fontes confiáveis para verificar a veracidade das informações antes de compartilhá-las.

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