A pressão internacional contra os ataques em Rafah tem resultado no isolamento de Israel. No entanto, apesar de defender a ofensiva para derrotar o Hamas, Netanyahu tem demonstrado otimismo com relação às negociações para um cessar-fogo. Estrategistas militares levantam a possibilidade de que o primeiro-ministro esteja utilizando a ameaça de invasão em Rafah como uma ferramenta para obter vantagens nas discussões.
Uma delegação israelense recentemente chegou ao Catar para dar continuidade às negociações com mediadores internacionais com o objetivo de garantir um cessar-fogo temporário e a libertação de reféns israelenses. Segundo informações do jornal New York Times, Israel estaria considerando a libertação de líderes palestinos presos em troca de reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, o que representaria uma mudança significativa na política do país.
Até então, os esforços internacionais para alcançar um acordo encontraram obstáculos devido à recusa de Israel em libertar palestinos condenados por assassinato e em se comprometer com um cessar-fogo permanente, demandas do Hamas. No entanto, segundo o New York Times, os negociadores israelenses teriam aceitado uma proposta dos EUA que prevê a libertação de soldados israelenses em troca de palestinos condenados por terrorismo.
A cautela do governo israelense em relação a possíveis concessões se deve às críticas internas que poderiam surgir caso se concretizassem. Elementos como a duração de um cessar-fogo e a retirada total das forças militares israelenses de Gaza continuam em discussão. A proposta dos EUA visa a libertação de reféns, entre eles mulheres soldado, civis doentes, feridos e idosos.
Israel estaria disposto a libertar mais palestinos em troca de reféns, seguindo critérios específicos estabelecidos pelos mediadores. A negociação envolve diversos aspectos e a libertação de prisioneiros considerados perigosos. A expectativa é que as tratativas continuem visando a alcançar um acordo que traga uma solução duradoura para o conflito em Gaza.