Na manhã desta terça-feira, 23, o Corpo de Bombeiros da Bahia encontrou os corpos de uma menina de 7 anos e de um homem de 42 anos que estavam desaparecidos desde domingo, 21, quando um barco naufragou na Baía de Todos os Santos. Os corpos foram encontrados próximo à Ilha de Maria Guarda e após a localização, foram deixados sob os cuidados do Departamento de Polícia Técnica do Estado da Bahia (DPT).
Até a noite de ontem, as buscas continuavam no local, embora em menor intensidade, pois não havia informação oficial de mais pessoas desaparecidas. O Capitão dos Portos Wellington Gagno afirmou que o barco estava com lotação acima do permitido, com pelo menos 15 pessoas a bordo, quando o permitido era de 11. “Os inquéritos ainda vão apurar, mas uma briga pode ter levado as pessoas para um mesmo lado da embarcação. A movimentação desestabilizou o barco”, explicou.
Segundo a Marinha, foi aberto um Inquérito sobre Acidentes e Fatos da Navegação para investigar as causas e circunstâncias do naufrágio. Não há informações precisas sobre as causas do acidente, mas relatos extraoficiais apontam que uma briga entre os passageiros teria ocorrido devido ao preço da travessia, que custava R$10 por pessoa.
No total, morreram oito pessoas no naufrágio, incluindo uma criança de 6 anos e um homem de 42 anos. O barco, identificado como Gostosão FF, tinha autorização para trafegar somente até as 19h30, mas o acidente aconteceu às 22h, pouco depois de o saveiro ter deixado a Ilha de Maria Guarda, onde acontecia uma festa de verão.
A polícia identificou o condutor do barco como Fábio Freitas, que teria fugido do local após o acidente. Entre as vítimas estavam a filha de Fábio, Flaviane Jesus dos Santos, de 29 anos, e o neto, Jonathan Miguel de Jesus Santos, de 7. O condutor tinha depoimento marcado para ontem, e até o momento não havia informações sobre a sua apresentação.
O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Coronel Adson Marchesini, afirmou que o tipo de barco envolvido no acidente é classificado na categoria esporte e recreio, e não poderia transportar passageiros de forma comercial, como estava fazendo.
As buscas por vítimas envolveram 30 bombeiros, incluindo mergulhadores, e 39 militares da Marinha. Uma moto aquática foi deslocada para auxiliar nas buscas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
