MUNICIPIOS – Procurador do MPF se reúne com autoridades de saúde para discutir enfrentamento do surto de meningite em Maceió

O aumento significativo dos casos de meningite meningocócica em Maceió tem preocupado as autoridades de saúde. Diante desta situação, o procurador regional dos Direitos dos Cidadãos, Bruno Lamenha, do Ministério Público Federal (MPF), convocou uma reunião com representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems-AL), Secretaria Municipal de Saúde de Maceió e Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) para discutir estratégias de combate ao surto da doença na capital alagoana.

Durante o encontro, o MPF solicitou que os órgãos envolvidos apresentassem um relatório com as atividades preventivas e de combate realizadas no prazo de dez dias. A preocupação em relação à meningite meningocócica ganhou destaque nacional com o reconhecimento do surto pelo Ministério da Saúde. Segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela Sesau, até terça-feira (19), já haviam sido registrados 29 casos da doença em Alagoas, com 11 óbitos.

A meningite é considerada um grave problema de saúde pública devido à sua capacidade de transmissão, patogenicidade e impacto social. A doença é transmitida através do contato direto com secreções respiratórias de indivíduos infectados. Os principais sintomas incluem febre, dor de cabeça, vômitos, além do aparecimento de manchas avermelhadas ou roxas na pele. Em crianças com menos de 1 ano, é comum a presença de irritabilidade, choro persistente e abaulamento da fontanela.

Durante a reunião, a vice-presidente do Cosems-AL, Paula Gomes, destacou a importância da capacitação dos profissionais de saúde para o reconhecimento dos sintomas e realização da profilaxia adequada. Ela enfatizou que os municípios suspeitos de casos devem comunicar o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) e acionar a regulação estadual para transferência dos pacientes para as unidades hospitalares de referência, que incluem o Hospital Escola Dr. Élvio Auto, HGE e Hospital da Criança.

É importante ressaltar que a doença meningocócica é de notificação obrigatória e imediata, ou seja, os profissionais de saúde têm até 24 horas para informar as autoridades sanitárias sobre casos suspeitos. Diante do cenário de aumento de casos em Maceió, as medidas de prevenção e combate devem ser intensificadas para proteger a população, especialmente os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos.

As autoridades de saúde continuarão monitorando a situação e adotando as medidas necessárias para conter o surto de meningite meningocócica em Maceió. A conscientização da população, a capacitação dos profissionais de saúde e a adoção de práticas de higiene adequadas são fundamentais para prevenir a disseminação da doença.

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