América Torres nasceu em Água Branca, no dia 10 de novembro de 1905, e desde cedo demonstrou sua determinação e habilidades. Ela se destacou como professora primária e diretora do Grupo Escolar do município, estabelecendo seu compromisso com a educação e o progresso de sua cidade natal.
Sua família possui um histórico político relevante, sendo neta do Barão Joaquim Antônio de Siqueira Torres, que desempenhou um papel crucial na política da região.
Em 1965, América deu um passo corajoso na política ao se eleger prefeita de Água Branca, um cargo tradicionalmente dominado por homens. Durante seu mandato, que durou de 1966 a 1970, ela governou com determinação e estabeleceu relações positivas com outros políticos do estado.
Em seu discurso de posse, América expressou sua alegria pela expressiva votação que recebeu e afirmou que não pouparia esforços para governar respeitando as leis, aplicando honestamente os recursos públicos e trabalhando com amor, justiça e honestidade em prol de sua querida terra.
A ex-prefeita deixou um legado duradouro, e sua casa colonial, conhecida como Casa Rosa, é preservada pela família até hoje. O local é agora um “Lar de Acolhimento” que guarda relíquias da história de América Torres, recebendo hóspedes e familiares que visitam o município de Água Branca.
A influência e a autoridade de América, carinhosamente chamada de “Bei”, não se limitaram apenas à política, mas também impactaram a vida das pessoas em sua cidade natal.
A contribuição de América Torres é inegavelmente uma importante memória para a política de Alagoas e para a igualdade de gênero no Brasil. Sua eleição como prefeita representou uma quebra de preconceitos e uma abertura de oportunidades para as mulheres de sua época. A coragem e determinação de América a levaram a se tornar uma das mulheres mais extraordinárias de Alagoas, como descrito por Divaldo Suruagy, prefeito da capital Maceió na mesma época.
