Mulheres ocupam espaços de poder na política e na sociedade e promovem campanha por igualdade de gênero nas eleições municipais.

Na última semana, a Câmara dos Deputados foi palco de um evento que reuniu diversas mulheres atuantes na política brasileira, empresárias, servidoras públicas e outras profissionais, que compartilharam suas experiências e desafios na busca por mais espaço e poder na sociedade. Promovido pela Secretaria da Mulher da Câmara e pelo Grupo Mulheres do Brasil, o encontro teve como objetivo incentivar a participação feminina na política, principalmente em um ano de eleições municipais, por meio da campanha “Pula pra 50%”.

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, destacou a importância da solidariedade entre as mulheres nessa luta, citando o apoio recebido da deputada Maria do Rosário em um momento de crise. Maria do Rosário, por sua vez, ressaltou a força e união que a sororidade feminina proporciona, encorajando as mulheres a persistirem em seus objetivos.

A desembargadora Daniele Maranhão compartilhou sua experiência pessoal, revelando que enfrentou resistência apenas quando buscou assumir um papel de destaque. A empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, mostrou solidariedade à ministra da Saúde, Nísia Trindade, que estaria enfrentando pressões políticas em sua gestão.

Durante o evento, a servidora da Câmara Giovana Perlin ressaltou a baixa representatividade feminina em cargos de liderança no cenário político, apontando a divisão de temas entre homens e mulheres e as dificuldades enfrentadas pelas parlamentares para se inserirem em decisões importantes. Essa discriminação, segundo ela, existe tanto de forma explícita quanto velada, impedindo o pleno avanço das mulheres na esfera política.

A diretora da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, Laura Angélica Silva, trouxe à tona dados alarmantes sobre a presença das mulheres nos cargos de ministros ao longo dos anos, evidenciando a desigualdade de gênero persistente na esfera governamental. Com apenas 57 mulheres nomeadas em 670 ministérios desde 1985, os números apontam para uma longa jornada até que a equidade de gênero seja alcançada na Esplanada dos Ministérios.

Diante desse cenário, o evento na Câmara dos Deputados serviu como um espaço de diálogo e mobilização para que as mulheres continuem a lutar por mais representatividade e igualdade de oportunidades na sociedade brasileira. A busca por um futuro mais justo e inclusivo depende do engajamento e união de todas as mulheres que almejam ocupar espaços de poder e influência.

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