A história teve um desfecho trágico, pois após a descoberta do feto, a idosa passou por uma cirurgia para remoção, mas infelizmente não resistiu e veio a óbito. O caso foi diagnosticado após uma tomografia 3D revelar a presença do feto calcificado na região do abdômen da paciente, que havia dado entrada no hospital com uma grave infecção.
Os especialistas identificaram o fenômeno como litopedia, uma forma de gravidez ectópica em que o embrião se desenvolve fora do útero, neste caso, no abdômen da mulher. Embora seja um evento raro, as gravidezes ectópicas representam cerca de 2% das gestações, sendo a principal causa de mortalidade materna no primeiro trimestre.
Os sintomas de uma gravidez ectópica incluem dores abdominais, sangramento vaginal e desmaios, podendo evoluir para uma hemorragia que coloca a vida da mulher em risco. O tratamento varia de acordo com a saúde da paciente, podendo envolver a administração de metotrexato para interromper o desenvolvimento do embrião ou cirurgia de emergência para sua remoção.
Mesmo com tratamento, as gestações ectópicas não prosperam além dos primeiros meses, uma vez que o corpo não possui as condições adequadas para sustentar o crescimento do embrião fora do útero. O caso da idosa em Ponta Porã é um lembrete da complexidade do corpo humano e da importância do acompanhamento médico regular para detectar e tratar condições incomuns como esta.