Mulher de 81 anos morre após descoberta de feto calcificado em caso raro de gravidez ectópica em Ponta Porã.

O caso chocante de uma gravidez ectópica em uma idosa de 81 anos em Ponta Porã, no sul de Mato Grosso do Sul, deixou os médicos do hospital regional da cidade perplexos diante da raridade do acontecimento. A paciente, uma indígena moradora de um assentamento em Areal Moreira, carregava um feto calcificado há mais de 56 anos, desde sua última gestação.

A história teve um desfecho trágico, pois após a descoberta do feto, a idosa passou por uma cirurgia para remoção, mas infelizmente não resistiu e veio a óbito. O caso foi diagnosticado após uma tomografia 3D revelar a presença do feto calcificado na região do abdômen da paciente, que havia dado entrada no hospital com uma grave infecção.

Os especialistas identificaram o fenômeno como litopedia, uma forma de gravidez ectópica em que o embrião se desenvolve fora do útero, neste caso, no abdômen da mulher. Embora seja um evento raro, as gravidezes ectópicas representam cerca de 2% das gestações, sendo a principal causa de mortalidade materna no primeiro trimestre.

Os sintomas de uma gravidez ectópica incluem dores abdominais, sangramento vaginal e desmaios, podendo evoluir para uma hemorragia que coloca a vida da mulher em risco. O tratamento varia de acordo com a saúde da paciente, podendo envolver a administração de metotrexato para interromper o desenvolvimento do embrião ou cirurgia de emergência para sua remoção.

Mesmo com tratamento, as gestações ectópicas não prosperam além dos primeiros meses, uma vez que o corpo não possui as condições adequadas para sustentar o crescimento do embrião fora do útero. O caso da idosa em Ponta Porã é um lembrete da complexidade do corpo humano e da importância do acompanhamento médico regular para detectar e tratar condições incomuns como esta.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo