A defesa de Temer, no entanto, chamou a tentativa de “vergonhosa” em nota. Segundo a defesa, a denúncia contra o ex-presidente é inepta e não há justa causa para a ação penal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia em dezembro de 2018, acusando Temer de usar sua função pública para favorecer os controladores do grupo Rodrimar em troca de R$ 32 milhões.
A decisão de absolver Temer foi tomada em março de 2021 pela Justiça Federal do Distrito Federal, e confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região. No entanto, o representante do MPF argumenta que a conexão entre o recebimento e a função pública exercida por Michel Temer é evidente e está suficientemente descrita na denúncia, comprovada por meio de provas robustas, incluindo interceptações telefônicas.
Segundo o procurador, “há provas cabais, incontestáveis e que não foram afastadas pela decisão absolutória, no sentido de que três empresas eram mantidas pelo réu MICHEL TEMER apenas para movimentar dinheiro ilícito, como bem pontuado na denúncia”. O recurso, no entanto, ainda precisa ser “admitido” para ser encaminhado ao STJ, que analisará o pedido.
Enquanto isso, a notícia sobre a possível volta de Marta Suplicy ao PT como vice de Boulos também está chamando a atenção. É interessante observar como as alianças políticas podem mudar, já que Marta já atacou o partido por escândalos de corrupção e roubalheira. Por sua vez, o filho do governador Jorginho Mello desistiu de assumir uma secretaria em Santa Catarina, ironizando que o “defeito é biológico”. Aguardemos os desdobramentos desses eventos.