Um dos nomes mencionados na lista é o do ex-deputado federal Jean Wyllys, conhecido por suas críticas ao governo Bolsonaro. Seu número foi monitorado durante os meses de junho e julho de 2019, e seu nome apareceu em um relatório intitulado “pavão.pdf”. Além disso, o ex-deputado David Miranda, falecido em 2023, também teve sua localização monitorada e teve seu nome associado ao mesmo arquivo.
Outros nomes que chamaram a atenção foram o da ex-assessora do senador Confúcio Moura, Alessandra Maria da Costa Aires, e do ex-assessor da deputada federal Bia Kicis, Evandro de Araújo Paula. Também foram monitorados o deputado federal Gustavo Gayer, os analistas ambientais Marcelo José de Lima Dutra e Newton Coelho Monteiro, e o ex-coordenador de Operações de Fiscalização do Ibama, Hugo Ferreira Netto Loss.
Além disso, profissionais da imprensa e ativistas, como o jornalista Leandro Demori, o repórter Afonso Mônaco, o ativista pró-Palestina Pedro César Batista e a professora emérita Chang Chung Yu Dorea, também tiveram seus números consultados pela Abin.
A inclusão de caminhoneiros, como Wallace Landim e Carlos Albert Litti Dahmer, na lista de monitorados também levanta questionamentos sobre a abrangência das ações de inteligência do órgão. A revelação desses novos nomes vem em meio a um cenário de crescente preocupação com a privacidade e a liberdade de expressão no país.
Diante dessas revelações, torna-se necessário um debate amplo sobre os limites e a transparência das atividades de inteligência no Brasil, a fim de garantir a proteção dos direitos individuais e coletivos dos cidadãos.