Ministro do TSE defende regulamentação das redes sociais diante do avanço do populismo digital extremista.

Na segunda-feira (8), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e relator no Supremo Tribunal Federal (STF) das investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, ministro Alexandre de Moraes, defendeu a regulamentação das redes sociais durante a cerimônia ‘Democracia Inabalada’. O discurso do ministro reforçou a necessidade urgente de neutralizar um dos grandes perigos modernos à democracia: a instrumentalização das redes sociais pelo novo populismo digital extremista.

Moraes ressaltou que o agigantamento das plataformas devido aos avanços em tecnologia da informação e acesso universal às redes sociais tem potencializado a desinformação premeditada e fraudulenta, amplificando discursos de ódio e antidemocráticos. A ausência de regulamentação, inexistência de responsabilização das redes sociais e a falta de transparência na utilização da inteligência artificial e algoritmos tornaram os usuários suscetíveis à demagogia e manipulação política.

O ministro ainda apontou que as redes sociais, movidas pelo lucro, não tomaram medidas para impedir os danos causados pelos novos populistas digitais extremistas. Para Moraes, o PL das Fake News, aprovado no Senado e aguardando análise pela Câmara dos Deputados, é uma iniciativa que visa regular e trazer responsabilidade e transparência para a internet. O projeto busca evitar a propagação de notícias falsas que podem prejudicar a democracia e a sociedade em geral.

Em entrevista após a cerimônia, o senador Alessandro Vieira ressaltou que a proposta é urgente diante do grande volume de informação sem transparência que tem prejudicado a democracia e a saúde mental das pessoas. O projeto traz uma série de imposições para redes sociais e aplicativos de mensagens com o objetivo de coibir contas falsas, robôs e a propagação de conteúdo inadequado.

O PL das Fake News determina que plataformas estrangeiras que ofereçam serviços ao público brasileiro também respondam à legislação brasileira, estabelecendo regras e limitações para os conteúdos compartilhados. Além disso, o projeto aborda questões relativas à propaganda, regras para a conduta de comportamento e sanções em caso de descumprimento da legislação.

O senador Alessandro Vieira enfatizou que a regulamentação da ferramenta, sem interferir no conteúdo que segue livre conforme a Constituição, é um passo importante para minimizar os danos causados pelas redes sociais. A proposta visa trazer a responsabilização das plataformas pelo conteúdo que elas fazem circular, evitando a impunidade impactando a saúde democrática do país.

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