Ministro do STF nega pedido de tenente-coronel do Exército para novo depoimento à PF na Operação Tempus Veritatis.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido do tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Júnior para prestar um novo depoimento à Polícia Federal. Em fevereiro, durante a Operação Tempus Veritatis, Araújo Júnior optou por permanecer em silêncio em seu depoimento, mas posteriormente mudou de ideia e expressou o desejo de falar.

A decisão de Moraes foi fundamentada no fato de que cabe à Polícia Federal decidir se é necessário convocar o tenente-coronel para um novo depoimento, de acordo com a condução das investigações em curso. O ministro destacou que a autoridade policial é responsável por determinar a realização de novos interrogatórios, e não o investigado, e por isso o pedido foi indeferido.

Ronald Ferreira é alvo de investigações por suposta participação em uma organização criminosa, sendo apontado no inquérito como envolvido na elaboração de um documento que embasaria um decreto de golpe de Estado. Lotado no Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército (CComGEx), Araújo Júnior foi um dos alvos da operação deflagrada pela PF. A ação investiga não apenas o tenente-coronel, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores, todos suspeitos de planejar um golpe de Estado e tentar anular as eleições de 2022, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva.

Os advogados de Ronald Ferreira solicitaram um novo depoimento para esclarecer questionamentos sobre sua relação com Mauro Cid e outros investigados, negando qualquer participação em ações contra o estado democrático de Direito. De acordo com o inquérito, Araújo Júnior teria recebido documentos com informações desfavoráveis ao ex-presidente Bolsonaro, o que levantou suspeitas sobre sua participação no suposto plano golpista.

Com a decisão de Moraes, o desfecho das investigações em torno do tenente-coronel e dos demais investigados na Operação Tempus Veritatis segue em andamento, sob a responsabilidade da Polícia Federal. Novos desdobramentos podem surgir conforme avancem as apurações sobre o caso.

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