Ministro da Previdência propõe revisão da reforma em 2024 para modificar pensão por morte e corrigir valores de contribuição.

O Ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, anunciou que o Conselho Nacional de Previdência iniciará a discussão sobre possíveis “correções” na reforma aprovada pelo Congresso em 2019 a partir de 2024. Uma das principais críticas feitas por Lupi é em relação à chamada “pensão por morte”, que reduz o benefício para 60% em caso de falecimento do cônjuge.

Durante sua participação no programa Bom Dia Ministro, Lupi questionou a justiça dessa redução, especialmente para as mulheres que perdem seus parceiros. Ele destacou que o Conselho Nacional da Previdência Social, composto por representantes do governo, banqueiros, sociedade civil e sindicatos, buscará discutir os pontos da reforma que precisam ser corrigidos a partir do próximo ano.

O ministro enfatizou a importância dos aposentados para a economia, ressaltando que quase 60% dos municípios do país dependem da renda dos aposentados para movimentar suas economias. Ele destacou que o dinheiro recebido pelos aposentados circula de volta para o governo através do consumo, alimentando a economia.

Além disso, Lupi questionou a existência de um suposto “déficit” no setor previdenciário, argumentando que o valor daqueles que contribuíram deveria ser corrigido pela inflação. Ele também mencionou a existência de 12 milhões de pessoas que não contribuem, mas que têm direito a benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), Loas, e seguro-defeso, garantidos pela Constituição de 1988.

Em relação aos gastos do governo com a previdência, o último relatório de receitas e despesas do Tesouro Nacional indica que esses gastos devem chegar a R$ 871 bilhões neste ano, representando a maior parcela de todo o orçamento primário do governo, excluindo os gastos com juros.

As declarações do Ministro Carlos Lupi apontam para uma possível revisão da reforma da previdência nos próximos anos, levando em consideração aspectos como a pensão por morte e a correção dos valores contribuídos. Essa discussão certamente continuará sendo tema de debate e atenção nos próximos anos, à medida que a questão previdenciária permanece relevante para milhões de brasileiros.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo