Para o ministro, a solução não está em aumentar o gasto público, mas sim em realizar ajustes nos gastos tributários, fazer a Reforma Tributária e fazer com que quem não paga imposto passe a pagar. Ele apontou que o controle do déficit não deve ser feito cortando benefícios do pobre, mas sim por meio de um conjunto de medidas que visem fazer a economia crescer.
Haddad também reconheceu as dificuldades em aprovar medidas de ajuste fiscal e aumento da arrecadação no Congresso, assim como avaliou a diretoria do Banco Central como “durona” devido às decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. Além disso, ele estabeleceu como meta para o próximo ano zerar o rombo das contas públicas, o que tem gerado críticas tanto dentro do partido quanto de outros setores.
Gleisi Hoffmann, por sua vez, afirmou que os governos de Jair Bolsonaro e Michel Temer foram “governos de gastos” e sugeriu um déficit para 2024 de até 2% do PIB. Outros membros do partido criticaram a meta de zerar o rombo nas contas públicas, chegando a aprovar um texto falando em “austericídio fiscal”, sem mencionar diretamente a meta estabelecida por Haddad.
Esse embate dentro do PT demonstra a divergência de ideias e estratégias em relação ao manejo das finanças públicas. Enquanto alguns membros do partido defendem um maior gasto público e um déficit nas contas, o ministro da Fazenda e outros setores apontam para a necessidade de medidas de ajuste e controle dos gastos. A tensão entre essas diferentes visões econômicas deve continuar a ser um tema em destaque no cenário político brasileiro.
