Ministro da Fazenda adia decisão sobre taxação de compras internacionais em meio a pressão de comerciantes e resistência política.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, abordou a delicada questão sobre a possibilidade de taxar compras de até US$ 50 feitas em varejistas internacionais, como Shein, Shopee e Aliexpress. Em entrevista coletiva, Haddad afirmou que ainda não há uma decisão definitiva do governo a respeito do tema, considerando que a discussão ainda carece de maturidade.

Apesar de meses de debates acalorados, Haddad reconheceu a controvérsia que envolve a taxação dessas compras. Ele destacou a existência de projetos em tramitação no Congresso, ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) e polêmicas nas redes sociais em torno do assunto.

A pressão dos comerciantes nacionais, que defendem a isonomia tributária, colide com as resistências presentes na ala política do governo. Haddad revelou o receio de gerar descontentamento nas redes sociais, citando episódios ocorridos no início do ano, inclusive com o apoio da primeira-dama, Janja da Silva.

O ministro enfatizou que o programa Remessa Conforme, da Receita Federal, já vem adotando medidas paliativas para enfrentar a questão, argumentando que o problema não é recente, mas sim resultado da gestão anterior. Haddad lançou críticas ao governo anterior, acusando-o de ter fomentado o contrabando e de não ter tomado nenhuma medida para conter a escalada deste fenômeno no país.

Durante um café da manhã com jornalistas, o ministro expressou sua perplexidade com a inércia do governo anterior em relação ao contrabando, questionando como ninguém foi responsabilizado por improbidade administrativa diante do agravamento desse problema ao longo de quatro anos.

É evidente que o tema continua a gerar intensos debates e controvérsias no cenário político e econômico, sendo alvo de pressões divergentes e demandando uma análise mais aprofundada por parte do governo antes de tomar uma decisão definitiva.

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