Apesar de meses de debates acalorados, Haddad reconheceu a controvérsia que envolve a taxação dessas compras. Ele destacou a existência de projetos em tramitação no Congresso, ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) e polêmicas nas redes sociais em torno do assunto.
A pressão dos comerciantes nacionais, que defendem a isonomia tributária, colide com as resistências presentes na ala política do governo. Haddad revelou o receio de gerar descontentamento nas redes sociais, citando episódios ocorridos no início do ano, inclusive com o apoio da primeira-dama, Janja da Silva.
O ministro enfatizou que o programa Remessa Conforme, da Receita Federal, já vem adotando medidas paliativas para enfrentar a questão, argumentando que o problema não é recente, mas sim resultado da gestão anterior. Haddad lançou críticas ao governo anterior, acusando-o de ter fomentado o contrabando e de não ter tomado nenhuma medida para conter a escalada deste fenômeno no país.
Durante um café da manhã com jornalistas, o ministro expressou sua perplexidade com a inércia do governo anterior em relação ao contrabando, questionando como ninguém foi responsabilizado por improbidade administrativa diante do agravamento desse problema ao longo de quatro anos.
É evidente que o tema continua a gerar intensos debates e controvérsias no cenário político e econômico, sendo alvo de pressões divergentes e demandando uma análise mais aprofundada por parte do governo antes de tomar uma decisão definitiva.