De acordo com as investigações, o esquema de desvio começou em meados de 2022 e perdurou até o início deste ano. Entre os envolvidos no caso estão Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e seu pai, o general de Exército Mauro Lourena Cid. O militar era responsável pelo escritório da Apex em Miami. A suspeita é de que os presentes recebidos pelo ex-presidente não foram adequadamente incorporados ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), como determinam as regras do Tribunal de Contas da União (TCU), e também não foram catalogados corretamente.
Os presentes recebidos de governos estrangeiros deveriam ser incorporados ao GADH, setor da Presidência da República responsável pela guarda dos presentes. No entanto, segundo as investigações, os objetos acabaram sendo desviados e vendidos por uma organização criminosa. O valor obtido com essa atividade ilegal ainda não foi divulgado.
A defesa de Bolsonaro informou que ele irá oferecer o sigilo bancário à Justiça. Até o momento, não foi possível entrar em contato com a defesa do ex-presidente para obter mais detalhes sobre essa decisão. Enquanto isso, o caso continua sendo investigado e provas estão sendo coletadas para os desdobramentos do processo.
É importante ressaltar que o sigilo bancário e fiscal é uma medida comum em investigações criminais, sendo autorizada mediante indícios de irregularidades. No entanto, é necessário aguardar o desenrolar das investigações para saber se há realmente envolvimento do ex-presidente e sua esposa nesse esquema de desvio de presentes.
O STF tem sido palco de várias investigações envolvendo políticos e autoridades brasileiras nos últimos tempos, demonstrando a importância do poder judiciário no combate à corrupção e ao crime organizado. O país espera que a verdade seja revelada e que os culpados sejam devidamente responsabilizados pelos seus atos.
