Ministério Público garante reparação socioambiental em acordo com a Braskem em Maceió, diz relatório.

 

Ao longo dos últimos anos, a atuação conjunta dos Ministérios Públicos Federal (MPF) e do Estado de Alagoas (MPAL) e da Defensoria Pública da União (DPU) resultou em avanços significativos para a população de Maceió no que diz respeito às reparações devidas pela Braskem à sociedade e ao meio ambiente da capital alagoana.

As medidas judiciais empreendidas pelas entidades envolvidas levaram a importantes acordos que garantem a possibilidade de revisão das medidas definidas caso haja modificação substancial da situação do momento da celebração. Trata-se de uma abordagem dinâmica que considera os desdobramentos que podem ocorrer no processo de afundamento em curso.

É importante ressaltar que em 2023, um acordo foi firmado diretamente entre o Município de Maceió e a Braskem, sem a participação do Ministério Público, uma vez que trata de interesses patrimoniais do município e não abrange direitos de terceiros. Esse acordo não tem relação com as questões abrangidas pelo acordo socioambiental.

Em 2019, o Caso Braskem foi incluído no Observatório Nacional sobre Questões Ambientais, Econômicas e Sociais de Alta Complexidade, Grande Impacto e Repercussão, dos Conselhos Nacionais de Justiça (CNJ) e do Ministério Público (CNMP), destacando-se como atuação preventiva.

Toda a atuação é embasada no resultado das análises técnicas das Defesas Civis e do Serviço Geológico do Brasil (SGB/CPRM), que identificaram as razões do afundamento e continuam acompanhando as ações de monitoramento.

O desastre em curso demanda uma atuação permanente, firme e serena do MPF, do MPAL e da DPU, tanto sobre a execução dos acordos já firmados e seus incidentes, quanto sobre outros desdobramentos judiciais ou extrajudiciais, como o Projeto Flexal e a Ação Civil Pública n. 0813725-97.2023.4.05.8000, que busca garantir indenização aos imóveis inseridos na área ampliada.

A atuação conjunta dessas entidades é crucial para assegurar que a população de Maceió receba as devidas reparações e que o meio ambiente seja protegido dos impactos do afundamento causado pela atividade da Braskem na região.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo