O governo peruano enviou mais de 500 agentes de segurança e decretou estado de emergência na região fronteiriça, enquanto o comandante das Forças Armadas colombianas, o general Helder Giraldo, anunciou a destacamento de um “amplo dispositivo” sem especificar o tamanho do contingente. Além disso, o subdiretor da polícia colombiana, o general Alejandro Zapata, informou que os controles foram intensificados em diversos pontos do estado de Nariño, no sudoeste da Colômbia, com o objetivo de evitar a entrada de pessoas com antecedentes criminais ou associadas a atividades ilícitas, como o tráfico de drogas.
Ambos os países coordenaram ações conjuntas desde terça-feira, segundo o Ministério das Relações Exteriores peruano. O ministro do Interior do Peru, Víctor Torres, garantiu que o país não poupará esforços para impedir a entrada de criminosos em seu território. No entanto, o governo peruano descartou o fechamento da fronteira com o Equador, alegando razões comerciais.
A situação se tornou ainda mais tensa diante da fuga de Fito, chefe da maior quadrilha criminosa do Equador, Los Choneros, de uma prisão de segurança máxima no domingo. A fuga resultou em uma onda de violência no país, com o governo decretando estado de exceção e de conflito armado interno. Los Choneros e Los Lobos são consideradas as principais facções criminosas do país, apoiadas financeiramente e armadas pelos cartéis mexicanos.
O presidente colombiano, Gustavo Petro, mostrou-se disposto a ajudar o Equador, reafirmando que o país está atento a todo o apoio que lhe for solicitado. A crise no Equador envolve não apenas a violência interna, mas também a disputa de rotas de tráfico de drogas e o envolvimento de diferentes grupos criminosos em atividades ilícitas.
Situado entre os maiores produtores de cocaína do mundo, Colômbia e Peru, o Equador se transformou em um ponto estratégico para o tráfico de drogas nos últimos anos, com diversos grupos disputando o controle do território. Diante desse cenário, a colaboração entre os países vizinhos se torna crucial para garantir a segurança e conter a escalada da violência.