Em uma entrevista recente, o prefeito Nunes defendeu a escolha do local, argumentando que o Theatro pertence ao povo e que a homenagem a Michelle Bolsonaro não tem espaço na Câmara Municipal, onde a concessão de títulos honoríficos é feita por meio de decreto legislativo. Apesar disso, a deputada federal Erika Hilton, do PSOL-SP, e a ativista Amanda Paschoal entraram com uma ação popular na Justiça para barrar a realização da homenagem, alegando que o evento tem características políticas e eleitorais.
Segundo a Câmara Municipal de São Paulo, o título de cidadão paulistano é concedido a pessoas nascidas em outras cidades, e cada vereador tem direito a conceder oito honrarias por legislatura. Outras personalidades que já receberam o título de cidadão paulistano incluem o ex-presidente Lula e o ex-presidente Michel Temer, além do jogador Neymar e o ator Fabio Porchat. Mais recentemente, o técnico Abel Ferreira e o piloto de helicóptero Comandante Hamilton também foram agraciados com a honraria.
Diante das polêmicas envolvendo a homenagem a Michelle Bolsonaro, as divergências políticas e as contestações judiciais, a entrega do título de cidadã paulistana promete ser marcada por tensões e debates sobre o uso de espaços públicos para promoção pessoal e política. A cerimônia no Theatro Municipal se tornou um ponto de conflito entre diferentes correntes ideológicas e partidárias, exemplificando a polarização e as controvérsias que marcam o cenário político atual.