Medidas de combate à seca e aos incêndios são anunciadas em coletiva de ministros para reduzir efeitos na região amazônica.

Com mais de 58 municípios do Amazonas em estado de calamidade e/ou emergência devido à seca e aos incêndios na região, o Governo Federal está tomando medidas para minimizar os efeitos desses desastres. Ministros, técnicos, secretários e instituições estão mobilizados para colaborar com o estado e os municípios nesse momento crítico.

Uma atualização das ações foi feita nesta sexta-feira, 13/10, pela ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e pelo ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes. Representantes do Ibama, Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, Inpe e Defesa Civil também estiveram presentes na coletiva, onde foram apresentadas as principais atualizações e medidas já adotadas.

No âmbito do meio ambiente, estão sendo coordenadas ações para conter os impactos ambientais da estiagem, combater os incêndios florestais e evitar a mortandade de animais, como os botos. Mais de 3.530 brigadistas foram enviados para os locais com maior concentração de incêndios. Além disso, o ICMBio e o Ibama estão resgatando animais afetados e realizando necropsias para investigar as causas das mortes.

O Ibama também tem intensificado suas ações para prevenção e controle de incêndios. Até setembro, foram realizados 1.179 eventos de prevenção e 995 ações de combate ao fogo. Outras medidas incluem a doação de kits de equipamento para os brigadistas, o uso de helicópteros e campanhas de utilidade pública para conscientização sobre a prevenção de incêndios florestais.

No campo da assistência social e desenvolvimento, foram destinados recursos para garantir o abastecimento de comida, água e combustível, em parceria com as prefeituras. Pequenos agricultores, extrativistas e pescadores que tiveram perda na produção receberão um auxílio de R$ 850, enquanto as pessoas que tiveram casas destruídas em Beruri/AM após um deslizamento de terra receberão um auxílio abrigamento no valor de R$ 800 por pessoa. Cestas básicas, kits de saúde e a antecipação de benefícios sociais também serão distribuídos para a população afetada.

No setor de portos e aeroportos, estão sendo realizadas ações de dragagem nos rios Madeira e Solimões, visando recuperar a navegabilidade. O investimento estimado é de R$ 38 milhões para o Solimões e R$ 100 milhões para o Madeira. No total, serão dragados 20 km desses rios.

O Ministério de Minas e Energia monitora a escassez de recursos hídricos no Rio Madeira, que afeta usinas hidrelétricas. Medidas estão sendo tomadas para garantir o suprimento de energia elétrica nessas localidades, incluindo o desligamento da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio. O estoque de combustíveis para geração térmica está adequado e foram contratados navios-tanque adicionais para transporte de combustível.

Durante a coletiva, a ministra Marina Silva destacou que a situação vivida no Amazonas é resultado do El Niño, que tem provocado tanto chuvas extremas quanto estiagem extrema em várias regiões do país. Ela enfatizou a importância de atuar nas causas desses desastres, combatendo o desmatamento e promovendo um modelo de desenvolvimento sustentável.

O ministro Waldez Góes ressaltou que desde o início o governo está dando total apoio ao estado e às prefeituras, auxiliando na elaboração de planos de trabalho e fornecendo ajuda humanitária à população da Amazônia nesse momento desafiador.

Com a intensificação das ações e o apoio do Governo Federal, espera-se que os efeitos da seca e dos incêndios sejam reduzidos e que a região do Amazonas possa se recuperar desses desastres naturais.

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