Material coletado após manifestação em 8 de janeiro evidencia caráter antidemocrático do protesto, revelam mensagens, fotos, vídeos e áudios dos manifestantes.

Manifestantes, presos durante os atos ocorridos no dia 8 de janeiro, tiveram seus celulares vasculhados pela Polícia Federal (PF) e os materiais coletados apontam para um caráter antidemocrático das manifestações. Fotos, vídeos, mensagens de texto e áudios trocados antes e durante os protestos contradizem o discurso dos manifestantes de que a mobilização tinha intenções pacíficas.

Diversos integrantes dos protestos mencionaram um pedido de intervenção militar e mostraram interesse em derrubar o governo eleito. Além disso, houve comemoração pela destruição do patrimônio público. O conteúdo dos celulares também revela a organização dos atos.

Em um vídeo feito por Ilson Oliveira, gravado de dentro do plenário do Senado, é possível ouvir a frase “se não quebrar, as Forças Armadas não vêm”. Além disso, também foi mencionada uma pedido de intervenção militar. Fátima Pleti enviou um áudio defendendo “intervenção militar já” e gravou a si mesma cantando “Forças Armadas salvem o Brasil”.

A intenção golpista também foi expressa por outros manifestantes. Fernando Marinho gravou um vídeo afirmando que o povo iria “tomar o poder” naquele dia e que se as Forças Armadas quisessem “apoiar”, eles estariam “de braços abertos para recebê-la”.

Além disso, discursos e ações de destruição foram registrados. Sergio Resende afirmou que o tribunal estava “todo quebrado”. Raquel Lopes declarou que “a primeira batalha foi ganha” e que “povo subiu e quebrou tudo”. Ana Paula Rodrigues gravou vídeo dizendo que o grupo iria “ficar aqui” e que iria “quebrar tudo”.

Mensagens trocadas em grupos de WhatsApp indicam que os participantes utilizaram códigos para disfarçar o planejamento da manifestação golpista, como usar termos como “hotel” para se referir ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército e “praia” para a Praça dos Três.

As defesas dos manifestantes negam as acusações. Alegam que não houve intenção golpista e que estavam apenas se manifestando pacificamente. No entanto, os materiais coletados pela PF levantam questões sobre as verdadeiras intenções por trás da mobilização. A investigação está em andamento e o Judiciário está analisando todo o material.

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