A senadora também mencionou dois casos específicos envolvendo empresas de turismo, a 123 Milhas e o Hurb, que não cumpriram com as condições ofertadas e cancelaram a emissão de milhares de passagens. Ela questionou o motivo pelo qual as pessoas recorrem a essas agências com ofertas tentadoras e explicou que isso ocorre devido ao alto custo das passagens aéreas no Brasil, que chegam a custar pelo menos meio salário mínimo.
Buzetti exemplificou a situação ao mencionar um voo saindo de Brasília com destino a Cuiabá, que, se for comprado para o mês seguinte e sem despachar bagagem, pode custar até R$ 1,6 mil na tarifa mais barata. A senadora ressaltou que o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, anunciou o lançamento do programa Voa Brasil, que tem o objetivo de democratizar o acesso a passagens de avião com um custo estimado de R$ 200 por trecho.
No entanto, ela ressaltou que é necessário enfrentar a realidade atual antes de implementar novas medidas, questionando se é preciso abrir o mercado e discutir a reforma tributária para buscar maneiras de reduzir os altos preços praticados pelas companhias aéreas. Buzetti enfatizou que voar no Brasil se tornou uma necessidade para muitos, mas acabou se transformando em um privilégio para poucos.
Essa discussão sobre o preço abusivo das passagens aéreas é de extrema importância, uma vez que afeta diretamente milhões de brasileiros que dependem desse meio de transporte para viajar pelo país. A senadora Margareth Buzetti, ao trazer essa questão para o debate público, coloca em pauta a necessidade de se encontrar soluções viáveis e efetivas para tornar as passagens aéreas mais acessíveis à população. Resta agora a Casa debater o tema e buscar medidas que possam beneficiar os brasileiros que precisam viajar de avião.