MAIS UMA! Fiocruz libera vacina de Oxford para distribuição aos estados

Logística cabe ao Ministério da Saúde

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) liberou hoje (23), para distribuição aos estados, as doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela biofarmacêutica AstraZeneca, importadas da Índia. A logística de distribuição cabe ao Ministério da Saúde. No fim da tarde deste sábado, foram aplicadas as primeiras doses no Brasil.

Receberam a vacina o infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz) Estevão Portela e a médica pneumologista do Centro de Referência Professor Helio Fraga, também da Fiocruz, Margareth Dalcolmo. Os dois atuam na linha de frente da assistência a pacientes com covid-19 desde o início da pandemia e receberam as vacinas no Complexo da Fiocruz, na zona norte do Rio de Janeiro.

Após ser vacinada, a médica Margareth Dalcolmo disse que hoje é dia simbólico, de muita esperança e sobretudo de muita confiança nas instituições do país. Margareth Dalcolmo acrescentou que hoje também é um dia para homenagear os profissionais de saúde do Brasil inteiro que estão de plantão nas unidades de terapia intensiva (UTIs) e nas emergências, cuidando diretamente dos pacientes.

“Estou seguramente sorrindo, mas pela esperança. Em primeiro lugar não é uma esperança vã, é uma esperança da confiança objetiva nas instituições brasileiras, na força do SUS e em todos que desde o início da pandemia, do carnaval do ano passado, estão comprometidos e continuam trabalhando”, disse.

A terceira pessoa a receber a dose foi a médica Sarah Ananda Gomes, que é coordenadora da equipe de Cuidados Paliativos no Hospital Felicio Rocho.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, prestou solidariedade ao estado do Amazonas que enfrenta uma séria contaminação pela covid-19.

Liberação das doses

A vacinação ocorreu logo após a Fiocruz começar a liberar os 2 milhões de doses de vacinas prontas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI/MS). O primeiro caminhão com parte da carga saiu às 14h18 da Fiocruz e foi direto para um centro de logística também na zona norte para iniciar a separação das caixas que serão distribuídas aos estados. Ao todo, serão etiquetadas 4 mil caixas, cada uma com 50 frascos e 500 doses da vacina. Depois da etiquetagem, ocorrerá a liberação de documentação pela garantia da qualidade.

Segundo a Fiocruz, ainda na manhã de hoje foram coletadas amostras pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) para análise de protocolo e liberação do produto para que o Programa Nacional de Imunizações possa distribuir as doses aos estados. “Toda a operação para liberação das vacinas segue normalmente, sem intercorrências e dentro do cronograma”, informou.

Chegada

As doses importadas do Instituto Serum da Índia, um dos centros produtores da vacina de Oxford-AstraZeneca, chegaram à Fiocruz por volta de 1h deste sábado, após serem recebidas no Aeroporto Internacional Tom Jobim RIOGaleão, na zona norte do Rio. O avião que trouxe as vacinas de São Paulo, aonde chegaram da Índia em voo comercial, pousou no Rio às 22h. Os ministros da Saúde, Eduardo Pazuello, de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade, e o embaixador da Índia no Brasil, Suresh Reddy estavam presentes. De lá, as doses seguiram em caminhões para Bio-Manguinhos/Fiocruz, onde foi feito o trabalho de análise de segurança com medição de temperatura e de etiquetagem dos 2 milhões de doses.

Em agosto do ano passado, a Fiocruz assinou um acordo com a Oxford e a AstraZeneca para transferência de tecnologia e produção da vacina no Brasil. A expectativa é que a produção comece em março. Ontem, após a chegada das doses no Aeroporto do Rio, o ministro da Saúde disse que a chegada do lote é o início do processo no país. “Esses 2 milhões de doses são apenas o início. É o começo do processo. Estamos negociando receber mais doses no começo de fevereiro e o IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo] necessário para que a Fiocruz comece a produzir até 15 milhões de doses por mês. Nosso país precisa de produção nacional”, disse Pazuello.

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