Maconha sintética está transformando usuários em “zumbis”

A versão artificial da droga, chamada de K2, vendida nos Estados Unidos, é muito tóxica, segundo pesquisador

20160720181450584074e

Você já ouviu falar numa droga que está se tornando comum nos Estados Unidos, e que é chamada de K2? Ela é feita a partir da mistura de diferentes ervas com canabidiol sintético (proveniente da maconha) e outros produtos químicos. O problema é que ao fumar a “maconha sintética”, como vem sendo chamado esse entorpecente, os usuários estão demonstrando comportamentos estranhos e perigosos, parecidos com os de um “zumbi”.

Pessoas desmaiando nas calçadas ou caminhando no meio do trânsito pesado são apenas algumas situações que estão sendo exibidas nos telejornais americanos e que são associadas ao “comportamento zumbi”. Segundo o professor de pediatria Anthony Scalzo, chefe do departamento de Toxicologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Saint Louis, no Missouri (EUA), as pessoas que consomem produtos à base de canabidiol sintético podem agir de forma confusa ou totalmente alucinada, dependendo da dose de K2 usada e da suscetibilidade de cada um.

“É um produto extremamente perigoso e está se tornando cada vez mais perigoso. Canabidiol sintético possui substâncias químicas que nunca poderiam entrar no corpo humano”, alerta Scalzo, em entrevista ao portal de notícias científicas Live Science. O pesquisador lembra que as empresas estão conseguindo burlar as leis para injetar produtos químicos nocivos na “maconha sintética”. Isso porque muitos desses “ingredientes” da K2 foram considerados ilegais em 2011.

Mudanças de humor, problemas de raciocínio e de percepção estão sendo associados ao canabidiol sintético. Além disso, o uso da droga modificada ainda gera paranoia, ansiedade, ataque de pânico e episódios psicóticos. A soma destes sintomas, que alteram o comportamento e a mente dos usuários, ganhou o nome de “efeito zumbi”.

As versões ilegais do K2 costumam ser vendidas nas ruas de muitas cidades americanas. Porém, existe uma versão “legal” que pode ser encontrada nas lojas dos estados que permitem a venda e o uso de produtos à base de maconha. O problema, segundo Anthony Scalzo, é que a droga”autorizada” possui a embalagem atraente, dando destaque para a segurança do produto, mas, na prática, também é uma mistura de ervas “que pode levar os usuários a fazerem coisas que não fariam a si mesmos ou a outros”.

O professor esclarece que as novas versões do K2, sem as cinco substâncias proibidas em 2011 pelo Departamento de Luta Contra as Drogas dos Estados Unidos, são ainda mais perigosas. “A nova droga pode causar pressão baixa e redução no batimento cardíaco, resultando até em coma, tontura e insuficiência renal”, esclarece o pesquisador americano.

revistaencontro.com.br

20/07/16

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo