Lindomar Ferreira, coordenador da Defesa Civil de Arapiraca, ressaltou que no dia seguinte ao evento eles estiveram no epicentro, onde ocorreu a maior intensidade do tremor, para realizar uma inspeção detalhada. No entanto, ele afirmou que ainda não é possível apontar uma causa precisa sem uma investigação adequada.
Os técnicos da Defesa Civil de Maceió foram ao campo realizar uma análise visual e tentar identificar possíveis consequências do tremor, como fissuras e rachaduras em residências. O geólogo do Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil do Município (CIMADEC), Eduardo Bontempo, ressaltou a importância desse trabalho inicial para o andamento dos estudos.
Bontempo explicou que inicialmente estão verificando as possíveis causas do tremor e visualizando as patologias que ocorreram no local. No entanto, ele destacou que, com o monitoramento de equipamentos de alta tecnologia, será possível identificar se haverá desdobramentos decorrentes do tremor.
Na próxima visita, os técnicos irão demarcar os pontos geodésicos com o Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS) para coletar dados mais precisos. Esse sistema permite estabelecer um ponto fixo e interligar outros pontos rastreados pela antena GNSS, o que possibilitará identificar se houve algum deslocamento de solo.
Abelardo Nobre, coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, ressaltou que estão disponíveis para contribuir com seu corpo técnico especializado nesse tipo de monitoramento e com equipamentos para auxiliar o município vizinho na missão de identificar a possível causa do tremor.
O tremor que ocorreu na última sexta-feira em Arapiraca foi sentido pela população local. De acordo com o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), o evento foi registrado às 16h34, tendo o epicentro entre a rodovia AL-115 e o residencial Brisa do Lago.
A Defesa Civil de Maceió continuará acompanhando a situação e auxiliando a Defesa Civil de Arapiraca na investigação e identificação das causas desse tremor.