Maceió foi a única cidade a apresentar uma proposta para sediar o evento e recebeu o apoio das federações de engenheiros agrônomos de todo o Brasil. Além de seus atrativos turísticos e hospitalidade, a cidade busca fomentar discussões sobre o futuro da atividade agronômica e seus impactos na produção de alimentos do país.
“É um prazer para Alagoas sediar um evento dessa magnitude. Estamos empolgados em receber os colegas engenheiros agrônomos e promover discussões que possam fortalecer a categoria como um todo”, celebra Álvaro Otávio Machado, presidente da Sociedade dos Engenheiros Agrônomos de Alagoas (Seagra).
Com três instituições de ensino superior que oferecem cursos na área da Agronomia, estima-se que existam entre três e quatro mil profissionais atuantes no estado. Machado destaca que esses profissionais têm um papel fundamental no desenvolvimento agrícola e econômico não apenas de Alagoas, mas também de toda a região Nordeste e do Brasil.
Alagoas é o segundo maior produtor de milho na região Nordeste e está começando a exportar soja, substituindo as áreas de cultivo de cana-de-açúcar. O estado também possui o Canal do Sertão, uma área de captação de água no oeste, com 125 quilômetros já concluídos de um total de 250 projetados. Essa região já iniciou a produção e outras áreas estão em fase de estudo, devido às características dos solos. O Congresso Brasileiro de Agronomia pode contribuir para o crescimento da produção de alimentos em Alagoas.
Segundo Kleber Souza dos Santos, presidente da Confaeab, a realização do CBA em Maceió em 2025, logo após ter sido realizado no extremo sul do país, reforça a importância da atividade agronômica em todo o território nacional. Ele destaca que o trabalho realizado no Rio Grande do Sul continuará em Alagoas, uma vez que existem questões regionais para serem discutidas.
Entre os temas que serão abordados no congresso estão a transposição e renovação da bacia hidrográfica do rio São Francisco, o uso adequado do solo e a conciliação entre produção em larga escala e diversificação. Santos ressalta a importância de manter uma matriz produtiva diversificada na produção animal e vegetal, além de discutir práticas agrícolas sustentáveis.
Enquanto isso, o 33º Congresso Brasileiro de Agronomia está acontecendo em Pelotas, no Rio Grande do Sul. O evento reúne engenheiros agrônomos de todo o Brasil e também de países vizinhos, como Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, Bolívia e Colômbia. Além de palestras e painéis temáticos, o congresso conta com a apresentação de publicações técnicas e um encontro voltado para empreendedores e startups que atuam no desenvolvimento de tecnologia e inovação no campo da Agronomia e do agronegócio. O CBA é um importante espaço de troca de conhecimentos e debates sobre o futuro da atividade agronômica no Brasil.
