Lula visita redutos bolsonaristas em Minas e Rio após parceria com governador de São Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em meio a uma intensa agenda de visitas aos estados brasileiros, em um claro movimento político visando reforçar sua imagem e prestígio eleitoral para as eleições municipais deste ano. Após uma passagem por São Paulo, onde trocou afagos com o governador Tarcísio de Freitas, Lula se dirige esta semana aos redutos bolsonaristas de Minas Gerais e Rio de Janeiro, em uma clara estratégia de ampliar sua presença nos maiores colégios eleitorais do país.

Em Minas Gerais, o presidente Lula anunciou um pacote de investimentos do governo federal para o estado, sinalizando uma aproximação com o governador Romeu Zema, filiado ao partido Novo e que apoiou Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais. Além disso, está prevista uma conversa com a imprensa local como parte da estratégia da Secretaria de Comunicação Social (Secom) para amplificar a comunicação sobre as agendas do governo.

No Rio de Janeiro, Lula inaugura a Escola Municipal Arthur Araújo Lula da Silva, em homenagem a um neto do presidente, e anuncia a construção da sede do campus Belford Roxo do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e do Hospital Oncológico, com investimentos milionários. Estes anúncios serão feitos em frente à prefeitura de Belford Roxo, comandada por Waguinho, marido da ex-ministra do Turismo Daniela Carneiro, demitida do cargo no ano passado em meio a trocas no governo para ampliar o apoio do União Brasil, sua legenda, ao Palácio do Planalto.

Além disso, Lula também tem uma agenda no Rio de Janeiro para inaugurar o Ginásio Educacional Olímpico (GEO) Isabel Salgado e anunciar o Instituto Federal (IF) do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Essa agenda é seguida por uma movimentação do governo federal em parceria com o governo do estado de São Paulo para a construção do túnel submerso que vai ligar as cidades de Santos e Guarujá, que contou com a participação do governador Tarcísio de Freitas e foi marcado por troca de afagos entre os dois. Lula declarou que era preciso deixar as diferenças de lado e que um possível governo de Tarcísio teria todo o apoio necessário da presidência da República.

Essa movimentação política intensa de Lula, visando reforçar sua imagem em redutos bolsonaristas e estreitar parcerias com governadores de oposição, revela uma estratégia clara visando as eleições municipais deste ano e sinalizando um possível retorno do ex-presidente à presidência em 2022. Este movimento surge em um momento crucial da política brasileira, com o acirramento dos embates entre o governo Bolsonaro e seus opositores, e sinaliza uma intensificação da polarização política no país.

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