Lula recebe presidente do BC em reunião após arrefecimento de críticas às políticas monetárias

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá uma importante reunião nesta quarta-feira com o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. O encontro acontece em um momento em que as críticas públicas de Lula em relação à autoridade da política monetária parecem estar diminuindo.

Desde o início de seu mandato, Lula tem sido duro nas críticas a Campos Neto, referindo-se a ele como “esse cidadão”. No início de setembro, o presidente afirmou que iria continuar lutando pela redução dos juros e sugeriu que Campos Neto deveria conversar “com quem o indicou”, fazendo referência ao presidente Jair Bolsonaro.

Essa tensão entre Lula e Campos Neto ficou evidente em junho, quando o presidente acusou o presidente do BC de não entender nada do país. Na ocasião, Campos Neto optou por não confrontar diretamente Lula, mas defendeu a autonomia da autoridade monetária.

No entanto, parece que as coisas estão começando a mudar. Na terça-feira, o Banco Central divulgou a Ata do Copom, confirmando a expectativa de que a taxa de juros continuará caindo nos próximos encontros. Essa mensagem já havia sido transmitida no comunicado do BC da semana passada, quando os juros foram reduzidos de 13,25% para 12,75%.

É nesse contexto que Lula se reunirá com Campos Neto nesta quarta-feira. A expectativa é que a conversa seja positiva, uma vez que o presidente tem se mostrado satisfeito com as recentes indicações na redução da taxa de juros. A reunião contará também com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O presidente do BC, por sua vez, tem mantido a defesa da autonomia da autoridade monetária, destacando que o país tem comemorado a inflação mais baixa e a redução dos juros futuros, resultados em parte do trabalho realizado pelo Banco Central.

Apesar das diferenças no passado, tanto Lula quanto Campos Neto parecem estar dispostos a buscar um diálogo construtivo. Resta saber quais serão os resultados dessa reunião e como isso pode impactar a política monetária do país.

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