Lula manifesta apoio a padre Júlio Lancellotti, alvo de CPI das ONGs em São Paulo, e critica iniciativa da Câmara dos Vereadores.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou suas redes sociais para demonstrar apoio ao padre Júlio Lancelotti, que está no centro de uma controvérsia. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi aberta pela Câmara dos Vereadores de São Paulo para investigar a atuação filantrópica do religioso. Lula enfatizou a importância do trabalho do padre, destacando que ele é essencial “para dar algum amparo a quem mais precisa”.

A CPI das ONGs foi proposta pelo vereador Rubinho Nunes, do partido União Brasil, e tem como principal alvo o padre Júlio Lancelotti, assim como duas entidades que realizam trabalho comunitário destinado à população de rua e aos dependentes químicos da região. De acordo com o vereador Nunes, o religioso teria parcerias com essas entidades, o que levantou suspeitas sobre a atuação das mesmas. Ele alegou ter recebido “inúmeras denúncias” sobre a atuação de diversas ONGs na região central de São Paulo, que estariam distribuindo alimentos, mas não estariam realizando o acolhimento dos vulneráveis.

Rubinho Nunes foi ainda mais incisivo em sua crítica ao padre, acusando-o de ser o “verdadeiro cafetão de miséria em São Paulo”. Para o vereador, a atuação do religioso contribui para manter a situação precária das pessoas em situação de rua na cidade. Por outro lado, padre Júlio Lancelotti negou qualquer ligação com as entidades em questão, esclarecendo que a Pastoral de Rua é uma ação pastoral da Arquidiocese de São Paulo e não está vinculada de nenhuma forma às atividades que constituem o objetivo da CPI.

Diante desse embate, o presidente Lula decidiu expressar seu apoio ao padre Júlio Lancelotti, ressaltando a importância de seu trabalho e a dedicação de muitos anos em prol da dignidade, respeito e cidadania das pessoas em situação de rua. Para Lula, a atuação do religioso é um exemplo a ser seguido e é essencial para oferecer suporte àqueles que mais precisam. A controvérsia em torno dessa investigação promete continuar gerando debates e discussões acaloradas nos próximos meses.

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