Lula embarca para cúpula da Caricom e se encontra com Maduro para discutir crise na Venezuela e conflito com a Guiana

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está de malas prontas para embarcar nesta quarta-feira rumo a Georgetown, capital da Guiana, onde participará como convidado especial da cúpula da Comunidade dos Estados do Caribe (Caricom). A viagem do ex-presidente brasileiro é marcada por polêmicas recentes, como suas declarações sobre Israel e o líder Benjamin Netanyahu, além de críticas ao governo venezuelano.

Durante a cúpula, Lula terá a oportunidade de discursar sobre as propostas do Brasil na presidência do G20, destacando temas como o combate à fome e à pobreza, o desenvolvimento sustentável, o aquecimento global e a transição energética. Além disso, reforçará a importância da cooperação entre os países do Sul-Global e a segurança na América Latina e no Caribe.

Esta viagem também representa uma tentativa de reaproximação de Lula com os países do Caribe, que, segundo interlocutores do governo, perderam espaço nas agendas brasileiras nos últimos anos. A reunião com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, é aguardada com expectativa, especialmente diante do conflito entre Guiana e Venezuela pela região do Essequibo, rica em petróleo.

O plebiscito realizado pelo governo venezuelano para anexar a região foi amplamente rejeitado pela comunidade internacional, e o Brasil tem buscado mediar as tensões entre os países. Durante o encontro, Lula deve agradecer à Guiana pela disposição em dialogar com o governo de Maduro, mesmo diante da recusa em ceder território.

Após sua passagem pela Guiana, o ex-presidente seguirá para São Vicente e Granadinas para participar da 8ª Cúpula da CELAC, onde terá um encontro com Nicolás Maduro. A situação na Venezuela, as prisões de opositores e a garantia de eleições justas serão temas abordados durante a reunião.

Dessa forma, a viagem de Lula à América Latina e ao Caribe não só representa uma oportunidade de fortalecer relações diplomáticas e comerciais, mas também de abordar questões delicadas e promover a paz e a estabilidade na região.

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