A grande inovação do X-59 é sua capacidade de voar a velocidades supersônicas, ultrapassando a marca do som, que é de cerca de 1.235 km/h, enquanto gera muito menos ruído do que as aeronaves convencionais. Isso é um marco importante, já que nos EUA, voos supersônicos foram proibidos há 50 anos devido ao receio do impacto do ruído sônico sobre as comunidades em solo.
A Lockheed Martin, em parceria com a NASA, recebeu um contrato de cerca de US$ 250 milhões para construir um avião de demonstração do X-59. Equipado com um motor da General Electric e uma asa em forma de “V” e um nariz alongado para reduzir o impacto do ruído sônico, o avião está sendo projetado para alcançar velocidades de até 1.852 km/h.
A expectativa é que o X-59 faça seu primeiro voo ainda este ano, mas o projeto custará cerca de US$ 632 milhões e levará oito anos, segundo informações fornecidas pela NASA. Se for bem-sucedido, o avião poderá transformar a aviação comercial, reduzindo drasticamente os tempos de voo. A Lockheed Martin alega que sua aeronave pode atingir até 1.488 km/h, superando em muito a velocidade dos atuais jatos de passageiros de corredor único, que alcançam cerca de 885 km/h.
No entanto, além de superar as barreiras técnicas, a indústria também enfrentará desafios regulamentares, incluindo regras mais rigorosas sobre ruído e emissões ambientais nos aeroportos. Além disso, outros competidores, como a startup Aerion e a empresa Boom Technology, também estão tentando desenvolver aeronaves supersônicas, com diferentes níveis de sucesso.
Fica claro que a corrida para oferecer voos supersônicos comerciais está esquentando, com a promessa de viagens de Nova York a Paris em menos de 90 minutos se concretizando cada vez mais. A apresentação do X-59 é aguardada com grande expectativa, já que pode marcar o início de uma revolução na aviação comercial. Acompanharemos de perto os próximos passos desse desenvolvimento e seu potencial impacto no futuro dos voos ao redor do mundo.
