Liesa pede moderação na iluminação do Sambódromo para não prejudicar pousos e decolagens no Santos Dumont.

A Liesa, Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, fez um pedido à Rioluz, órgão responsável pela iluminação no Sambódromo, para que os holofotes direcionados para o céu sejam usados com moderação até às 23h, horário em que encerra a operação de pousos e decolagens no aeroporto Santos Dumont.

Segundo informações colhidas pela jornalista Berenice Seara, os canhões de luzes do Sambódromo estavam atrapalhando a aproximação e o pouso das aeronaves. De acordo com a colunista, a Prefeitura foi informada do ocorrido por meio de um telefonema do Santos Dumont. Em resposta, foi sugerido que fizessem contato com a emergência da Polícia Militar (190).

Até o momento, a Infraero, responsável pela administração do Santos Dumont, e o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) não se pronunciaram sobre o ocorrido.

A Rioluz, no entanto, nega ter sido notificada pela Polícia Militar ou pela Infraero quanto à alteração na iluminação cênica no Sambódromo. Alegam que seguiram recomendações da Liesa e ressaltaram que a iluminação está em funcionamento na Marquês de Sapucaí desde 2022, utilizando a mesma tecnologia. Afirmaram ainda que, neste ano, a iluminação cênica passou por testes durante os ensaios técnicos, sem qualquer registro de contestação.

Césio Lima, responsável pela iluminação cênica do Sambódromo, informou que no sábado foi feito um mapeamento dos holofotes para identificar possíveis problemas com os voos do Santos Dumont. Ele afirmou que houve mudança na posição dos refletores e os que poderiam causar problemas foram desligados até 23h, horário limite para a operação de pousos e decolagens no aeroporto.

Durante o desfile, os refletores são ligados e sobem do chão para o alto, porém, a partir de agora, eles subirão apagados. Césio assegurou que no desfile de ontem os refletores já funcionaram na nova posição e que não houve nenhuma reclamação até então.

Os mais de 500 refletores espalhados pelo sambódromo são controlados por operadores em uma sala de aproximadamente dez metros quadrados, ao lado de pelo menos um integrante de cada agremiação. A dança de luzes é capaz de destacar cenas, gerar qualquer cor ou controlar o brilho das luzes brancas. A iluminação é um dos destaques do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro.

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