O documento, que possui 25 parágrafos, destaca que é previsto um aumento tanto nas emergências quanto nas reemergências de doenças infecciosas. Isso se deve ao fato de que as mudanças climáticas favorecem a propagação de doenças, como a malária e a dengue, devido ao aumento da temperatura e alterações nos padrões de chuva. Os ministros alertaram para a necessidade de fortalecer os sistemas de vigilância sobre doenças infecciosas existentes e a cooperação entre os centros de prevenção e controle de doenças.
Além disso, o aumento da severidade e frequência dos desastres naturais também ameaça sobrecarregar os sistemas de saúde. Inundações, secas e tempestades têm o potencial de causar danos significativos à saúde das populações, dificultando o acesso a atendimentos essenciais. Diante disso, os ministros reconheceram a importância de melhorar a resiliência dos sistemas de saúde contra os impactos da mudança climática.
Durante a reunião, a ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, defendeu a ampliação de parcerias e a necessidade de construir sistemas de saúde mais resilientes, igualitários, sustentáveis e inclusivos. A pandemia de COVID-19 serviu como um alerta para a necessidade de repensar os sistemas de saúde, levando em consideração as lições aprendidas durante essa crise.
Além disso, os ministros destacaram a importância de integrar uma perspectiva de gênero no desenho dos sistemas de saúde. As necessidades específicas de mulheres e meninas devem ser consideradas, visando alcançar a igualdade de gênero no setor da saúde.
Outro tema abordado no documento foi a necessidade de aprimorar a compreensão sobre a chamada “COVID longa”. Essa condição se refere aos pacientes que enfrentam sintomas persistentes mesmo após a recuperação da infecção pelo coronavírus. Os ministros ressaltaram a importância de compreender as consequências individuais, sociais e econômicas dessa condição para garantir um cuidado adequado para todas as pessoas afetadas.
As discussões durante a reunião refletem a crescente preocupação global sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde humana. Eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades, estão se tornando mais frequente e intensos devido às mudanças climáticas, o que resulta em danos significativos à saúde das populações.
Diante desses desafios, é essencial que os países atuem de forma coletiva para enfrentar as mudanças climáticas e garantir sistemas de saúde resilientes e preparados para lidar com as emergências sanitárias futuras. A cooperação entre os países e o fortalecimento das parcerias são fundamentais nesse processo. Além disso, é importante considerar questões de gênero e as consequências da “COVID longa” para garantir um cuidado igualitário e efetivo para todas as pessoas afetadas.