Líderes do G20 alertam para os perigos sanitários relacionados às mudanças climáticas e falam sobre possíveis emergências.

Os ministros da Saúde dos países membros do G-20 se reuniram na Índia no final de semana passado para discutir os impactos das mudanças climáticas na saúde global. De acordo com um documento divulgado ao final das reuniões, as mudanças climáticas continuarão gerando emergências sanitárias ao redor do mundo.

O documento, que possui 25 parágrafos, destaca que é previsto um aumento tanto nas emergências quanto nas reemergências de doenças infecciosas. Isso se deve ao fato de que as mudanças climáticas favorecem a propagação de doenças, como a malária e a dengue, devido ao aumento da temperatura e alterações nos padrões de chuva. Os ministros alertaram para a necessidade de fortalecer os sistemas de vigilância sobre doenças infecciosas existentes e a cooperação entre os centros de prevenção e controle de doenças.

Além disso, o aumento da severidade e frequência dos desastres naturais também ameaça sobrecarregar os sistemas de saúde. Inundações, secas e tempestades têm o potencial de causar danos significativos à saúde das populações, dificultando o acesso a atendimentos essenciais. Diante disso, os ministros reconheceram a importância de melhorar a resiliência dos sistemas de saúde contra os impactos da mudança climática.

Durante a reunião, a ministra da Saúde do Brasil, Nísia Trindade, defendeu a ampliação de parcerias e a necessidade de construir sistemas de saúde mais resilientes, igualitários, sustentáveis e inclusivos. A pandemia de COVID-19 serviu como um alerta para a necessidade de repensar os sistemas de saúde, levando em consideração as lições aprendidas durante essa crise.

Além disso, os ministros destacaram a importância de integrar uma perspectiva de gênero no desenho dos sistemas de saúde. As necessidades específicas de mulheres e meninas devem ser consideradas, visando alcançar a igualdade de gênero no setor da saúde.

Outro tema abordado no documento foi a necessidade de aprimorar a compreensão sobre a chamada “COVID longa”. Essa condição se refere aos pacientes que enfrentam sintomas persistentes mesmo após a recuperação da infecção pelo coronavírus. Os ministros ressaltaram a importância de compreender as consequências individuais, sociais e econômicas dessa condição para garantir um cuidado adequado para todas as pessoas afetadas.

As discussões durante a reunião refletem a crescente preocupação global sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde humana. Eventos climáticos extremos, como secas, inundações e tempestades, estão se tornando mais frequente e intensos devido às mudanças climáticas, o que resulta em danos significativos à saúde das populações.

Diante desses desafios, é essencial que os países atuem de forma coletiva para enfrentar as mudanças climáticas e garantir sistemas de saúde resilientes e preparados para lidar com as emergências sanitárias futuras. A cooperação entre os países e o fortalecimento das parcerias são fundamentais nesse processo. Além disso, é importante considerar questões de gênero e as consequências da “COVID longa” para garantir um cuidado igualitário e efetivo para todas as pessoas afetadas.

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