O afundamento na região de cinco bairros na capital alagoana tem danificado a estrutura das casas desde 2018. Neste sábado, a Defesa Civil de Maceió informou que o afundamento acumulado da mina 18 da Braskem chega a 2,16 metros, com uma velocidade vertical aumentada para 0,35 cm por hora e um movimento de 8,6 cm nas últimas 24 horas.
Desde 2018, mais de 14 mil imóveis nas áreas afetadas do Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Farol e Bom Parto apresentaram rachaduras, levando à desocupação. A Braskem implementou um Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação em 2019, resultando em mais de 16 mil indenizações pagas até o momento. As demolições, parte do plano elaborado pela empresa, tiveram início em novembro e estão programadas para ocorrer ao longo de 36 meses, a contar do mesmo mês.
Após as demolições, a empresa pretende fazer a proteção do solo por meio da implantação de cobertura vegetal. A Braskem ficou proibida de construir na região após assinatura, em 2020, no Termo de Acordo Socioambiental. Qualquer alteração sobre essa determinação das autoridades terá que ser permitida pelo Plano Diretor do Município.
A suspensão da licença para a demolição dos imóveis desocupados em Maceió traz mais um capítulo nesse longo processo de danos causados pela atividade da Braskem na região. A empresa terá que aguardar novas determinações das autoridades ambientais para dar continuidade ao seu plano de recuperação e compensação dos danos causados. A comunidade afetada segue aguardando por soluções efetivas para o seu problema, enquanto as autoridades e a empresa buscam formas de resolver essa situação complexa.
