A situação foi registrada por uma brasileira, identificada como Anna Anjos, que viajou de Barcelona para Valência para assistir à partida. Ela alertou a criança e a mãe sobre a gravidade do ato, mas foi ignorada. Em entrevista à ESPN, Anna descreveu a cena e a reação da mãe da criança, que defendeu as atitudes racistas como apenas um “apelido”.
Diante da resistência em parar com os insultos racistas, Anna decidiu filmar a cena. A reação da mãe da criança foi agressiva, chegando a dar um tapa no celular da brasileira. Tal atitude gerou tumulto no estádio, com outros torcedores tentando tomar o celular de Anna. A intervenção da polícia foi necessária para conter a situação.
A brasileira se sentiu ameaçada e relatou seu medo de retaliação por parte dos torcedores presentes. A atitude racista se intensificou após o segundo gol de Vinicius Junior, que fez um gesto antirracista ao comemorar, levantando o punho cerrado.
O caso está sendo investigado pela LaLiga, que já tomou medidas no passado para combater o racismo no futebol espanhol. Em 2023, a instituição lançou a campanha “LaLiga vs Racism”, visando criar novas plataformas de combate à discriminação racial no esporte.
A atitude racista presenciada durante a partida entre Valência e Real Madrid reforça a importância de combater o preconceito e a intolerância no futebol e na sociedade como um todo. A LaLiga, assim como outras entidades esportivas, deve agir com rigor para garantir a igualdade e o respeito dentro e fora dos gramados.
