JUSTIÇA – [TRT-2 aumenta multa por descumprimento de liminar e sindicatos de metroviários e ferroviários terão que pagar R$ 500 mil cada.

A partir da decisão da Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), a multa por descumprimento da liminar que obrigava os metroviários e ferroviários a garantirem 100% da circulação dos trens nos horários de pico em São Paulo será aumentada. A determinação busca evitar que os transtornos ocorridos durante a manhã se repitam no próximo horário de pico à tarde, de acordo com a juíza Raquel Gabbai de Oliveira.

No último dia 29, o TRT já havia determinado que 100% da frota de trens circulasse das 6h às 9h e das 16h às 19h, e 80% nos demais períodos. Caso a determinação não fosse cumprida, a multa seria de R$ 500 mil a serem pagos pelos três sindicatos de trabalhadores. Com a nova decisão, cada sindicato terá de pagar R$ 500 mil.

Até o momento, as linhas 1, 2, 3 e 15 do Metrô estão paralisadas, enquanto as linhas 4 e 5, operadas pela iniciativa privada, estão funcionando normalmente. Na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), as linhas 10, 12 e 13 estão paradas, enquanto as linhas 7 e 11 funcionam parcialmente. Já na linha 8, operada pela iniciativa privada, tudo está em ordem, mas na linha 9, também operada pela iniciativa privada, problemas decorrentes de uma falha elétrica entre 8 estações estão afetando o trânsito de composições.

A greve de 24 horas teve início nesta terça-feira (3), envolvendo trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A ação é um protesto contra a privatização das companhias mencionadas.

A decisão do TRT-2 mostra que o impasse entre os trabalhadores e o governo do estado continua, trazendo transtornos para a população que depende do transporte público. A determinação de aumentar a multa busca pressionar os sindicatos a garantir a circulação dos trens nos horários de maior demanda, minimizando os impactos negativos para os usuários.

Enquanto isso, a paralisação das linhas do Metrô e da CPTM afeta milhares de pessoas, que precisam buscar alternativas para se deslocar pela cidade. Além disso, a falha elétrica na linha 9 da CPTM trouxe mais problemas para o sistema, agravando ainda mais a situação.

A privação do serviço de transporte público é apenas uma das manifestações contrárias à privatização das companhias. A greve de 24 horas também é uma forma de protesto dos trabalhadores, que temem possíveis demissões e precarização de direitos caso a privatização se concretize.

O desenrolar dessa situação é incerto, dependendo das negociações entre os sindicatos e o governo do estado. Enquanto isso, a população sofre as consequências do impasse, enfrentando dificuldades para se locomover e cobrando soluções por parte das autoridades competentes.

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