Em maio deste ano, o tribunal determinou que Deltan não poderia ter concorrido às eleições de 2022 por ter saído do Ministério Público Federal (MPF) durante a tramitação de processos administrativos disciplinares contra ele no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Essa decisão teve como base uma ação movida pela federação formada pelo PT no estado e pelo candidato a deputado Oduwaldo Calixto, do PL.
Antes de chegar ao TSE, a inelegibilidade de Deltan foi rejeitada pela Justiça Eleitoral do Paraná. No entanto, o tribunal eleitoral nacional decidiu cassar seu mandato, afirmando que sua saída do MPF durante a tramitação de processos disciplinares configurava uma irregularidade que o tornava inelegível.
Após a cassação, em junho, a Câmara dos Deputados declarou a perda de mandato de Deltan, e o suplente do Podemos, Luiz Carlos Hauly, tomou posse na vaga deixada pelo ex-deputado.
O julgamento no TSE foi aguardado com ansiedade por muitos, uma vez que Deltan Dallagnol ganhou destaque nacional como chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato. Sua atuação no caso, que revelou grandes esquemas de corrupção envolvendo políticos e empresários, foi elogiada por muitos, mas também gerou diversas críticas e controvérsias.
A decisão do TSE de manter a cassação do mandato de Deltan representa mais um capítulo nessa trajetória e reforça a importância de se respeitar a legislação eleitoral. Resta agora aguardar os desdobramentos dessa decisão e ver como ela afetará o cenário político e jurídico do país.