JUSTIÇA – Preso por atos golpistas morre na Penitenciária da Papuda após mal súbito durante banho de sol

Na manhã desta segunda-feira (20), uma notícia trágica abalou as dependências da Penitenciária da Papuda, em Brasília. Um dos presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro faleceu após sofrer um mal súbito durante o banho de sol. Cleriston Pereira da Cunha não resistiu, apesar das tentativas de reanimação por parte das equipes dos bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Cleriston Pereira havia sido preso no Senado durante os atos de vandalismo cometidos em janeiro. Sua defesa alega que ele não estava envolvido nas ações e que apenas procurou abrigo dentro do Congresso para se proteger das bombas de gás lançadas pela polícia. A morte do detento foi comunicada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que é relator do processo ao qual o acusado respondia.

Após tomar conhecimento do óbito, Moraes determinou que a direção do presídio forneça informações detalhadas sobre o caso. Ele solicitou o prontuário médico e o relatório médico dos atendimentos prestados ao detento durante a custódia. Em uma petição enviada ao ministro em novembro do ano passado, a defesa de Cleriston havia pedido a sua soltura, alegando parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) que não foi julgado.

Segundo o advogado Bruno Azevedo de Sousa, a defesa reiterou todos os argumentos apresentados, pedindo a análise dos oito pedidos de liberdade do acusado, que pareciam ter sido negligenciados. Este trágico desfecho levanta questões sobre a situação dos presos relacionados aos atos de janeiro, assim como a atuação das autoridades responsáveis pela custódia e pelo julgamento dos detentos.

A morte de Cleriston Pereira da Cunha representa mais do que a perda de uma vida. Ela levanta questionamentos sobre o sistema prisional, os direitos dos presos, e a necessidade de um julgamento rápido e justo para todos, prezando pela garantia dos direitos humanos fundamentais. O desfecho trágico deste caso serve como um alerta para a importância do cuidado e da atenção devida a todos aqueles que estão sob custódia do Estado.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!




Botão Voltar ao topo