Cleriston Pereira havia sido preso no Senado durante os atos de vandalismo cometidos em janeiro. Sua defesa alega que ele não estava envolvido nas ações e que apenas procurou abrigo dentro do Congresso para se proteger das bombas de gás lançadas pela polícia. A morte do detento foi comunicada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal ao gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que é relator do processo ao qual o acusado respondia.
Após tomar conhecimento do óbito, Moraes determinou que a direção do presídio forneça informações detalhadas sobre o caso. Ele solicitou o prontuário médico e o relatório médico dos atendimentos prestados ao detento durante a custódia. Em uma petição enviada ao ministro em novembro do ano passado, a defesa de Cleriston havia pedido a sua soltura, alegando parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR) que não foi julgado.
Segundo o advogado Bruno Azevedo de Sousa, a defesa reiterou todos os argumentos apresentados, pedindo a análise dos oito pedidos de liberdade do acusado, que pareciam ter sido negligenciados. Este trágico desfecho levanta questões sobre a situação dos presos relacionados aos atos de janeiro, assim como a atuação das autoridades responsáveis pela custódia e pelo julgamento dos detentos.
A morte de Cleriston Pereira da Cunha representa mais do que a perda de uma vida. Ela levanta questionamentos sobre o sistema prisional, os direitos dos presos, e a necessidade de um julgamento rápido e justo para todos, prezando pela garantia dos direitos humanos fundamentais. O desfecho trágico deste caso serve como um alerta para a importância do cuidado e da atenção devida a todos aqueles que estão sob custódia do Estado.