JUSTIÇA – PGR se posiciona contra progressão de regime de Daniel Silveira e envia parecer ao STF para decisão de Alexandre de Moraes

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou um parecer contrário à progressão do regime de prisão do ex-deputado federal Daniel Silveira, preso em regime fechado no presídio de Bangu, no Rio de Janeiro, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em abril de 2022, Silveira foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e coação no curso do processo.

A defesa do ex-parlamentar alega que, somando o tempo que ficou preso antes da condenação, ele tem direito a passar para o regime semiaberto por ter cumprido 16% da pena. Entretanto, o vice-procurador da República, Hindenburgo Chateaubriand, opinou contra a progressão de regime, afirmando que o cálculo feito pelos advogados levou em conta o cometimento de crimes sem violência e não pode ser utilizado no caso concreto.

“Este órgão ministerial manifestou-se pelo indeferimento do pedido, porque o cálculo desenvolvido pela defesa considerou, para fins de transferência para regime menos rigoroso, o cumprimento de 16% da pena a ser computado em casos de crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça, não aplicável ao caso concreto”, afirmou Chateaubriand.

Após receber o parecer da PGR, o ministro Alexandre de Moraes vai decidir sobre o pedido de progressão de regime. Vale lembrar que no ano passado, o Supremo Tribunal Federal anulou o decreto de graça constitucional concedido em 2022 pelo então presidente Jair Bolsonaro para impedir o cumprimento da pena de Silveira. A Corte entendeu que o decreto é inconstitucional por desvio de finalidade de Bolsonaro para beneficiar Silveira.

A decisão de Moraes sobre o pedido de progressão de regime de Silveira será aguardada com atenção, pois a discussão sobre a aplicação da lei penal e os direitos dos condenados é um tema de grande relevância social e jurídica. Espera-se que a justiça seja feita e que as leis sejam aplicadas de forma justa e imparcial, garantindo os direitos individuais dos cidadãos cumprindo pena, de acordo com a legislação em vigor.

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