Essa operação foi desencadeada após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ter fechado um acordo de colaboração premiada com os investigadores da PF. Esse acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e já recebeu a homologação do Supremo Tribunal Federal (STF).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre a investigação, expressando a espera pela aplicação rigorosa da lei contra aqueles que atacaram a democracia ao financiar os acampamentos que culminaram na tentativa de golpe do dia 8 de janeiro de 2022. O presidente também destacou a importância de se descobrir quem financiou os acampamentos, enfatizando que é preciso aguardar o resultado das investigações.
Por meio de redes sociais, o advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, informou que o presidente entregará o passaporte às autoridades competentes, em cumprimento às decisões do dia, e determinou que o seu auxiliar direto que foi alvo da mesma decisão, e que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília atendendo à ordem de não manter contato com os demais investigados.
A operação cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva, além de 48 medidas cautelares que incluem a proibição de manter contato com outros investigados, a proibição de sair do país, suspensão do exercício de funções públicas, e a apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. As medidas judiciais estão sendo cumpridas em diversos estados do Brasil, como Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal.
O Exército Brasileiro está acompanhando o cumprimento de alguns dos mandados. A operação está em andamento e novas informações devem ser divulgadas conforme o desenrolar das investigações.
