O primeiro desabamento da ciclovia aconteceu em 2016, apenas três meses após a sua inauguração. Já o segundo incidente ocorreu em 2018, quando aproximadamente 30 quilômetros da estrutura cederam durante um temporal. Desde 2019, a ciclovia está interditada pela Justiça, com a prefeitura realizando obras na tentativa de reabri-la.
O MPF justifica a sua posição mencionando que os acidentes foram provocados pela localização da ciclovia e por erros no projeto. Além disso, alega que a construção foi realizada em uma área de preservação permanente, onde intervenções não são permitidas. A ciclovia foi construída sobre costões rochosos ao lado da Avenida Niemeyer, proporcionando uma vista privilegiada do mar.
Outro ponto destacado pelo MPF é a interferência na paisagem e no entorno de um bem natural tombado, o Morro Dois Irmãos. A fixação dos pilares de sustentação foi apontada como responsável por causar danos à beleza cênica do local. Além disso, questiona a justificativa de interesse social para a construção da ciclovia, citando que o Plano Diretor do Município do Rio de Janeiro proíbe obras públicas sobre a faixa de areia das praias.
Caso a Justiça não determine a demolição da ciclovia, o MPF requereu que a estrutura permaneça interditada em todos os seus trechos até que um estudo de impacto ambiental seja apresentado. Em resposta, a Procuradoria-Geral do Município do Rio de Janeiro afirmou que seguirá as determinações judiciais e aguardará a decisão da Justiça Federal para definir o uso futuro da ciclovia pela população.